Por: (Arte Metal)

E os agravantes problemas que assolam não só o Brasil, mas a sociedade global ao todo, continua refletindo dentro do underground gerando bandas que se utilizam do caos geral como temática. Algumas de forma superficial e outras se aprofundando mais e as declamando de forma inteligente, caso destes mineiros.

Mas, a crise política, a sociedade hipócrita, a alienação não se reflete somente nas letras da banda, como também em sua sonoridade raivosa que mescla Thrash e Hardcore (a princípio) e destila a raiva em forma de música.

Agressividade sem escrúpulos é uma das principais características da sonoridade da banda, que não se preocupa muito com técnica, mas não deixa que seu som também caia na ‘tosquice’ pura e simples. Os riffs são de qualidade e brutais, sendo que a cozinha segue uma linha reta com pegada e velocidade, sendo que inclui algumas quebradas recheadas de groove.

Enquanto isso vocais bem encaixados (na escola Pantera, mas com identidade) destilam letras coerentes abordando os temas já mencionados e que provam que violência em forma de música é a única que serve. Destaque para Boto Pra Fuder que abre o trabalho de forma propícia, Rede Social e Manifestação.

Um dos principais trunfos do trio é conseguir fazer um som sem muitas pretensões, mas que não soa homogêneo. Além de tudo capricharam na produção que ficou num bom nível, com qualidade acima da média. Nesse momento tão propício, não há trilha sonora melhor. Mandaram bem na estreia.

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Nota: 8,0

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Escrito por

Vitor Franceschini

Jornalista graduado, editor do Blog Arte Metal.