Blind Guardian em Curitiba? Nem sei como começar a descrever….

No dia 10 de setembro os alemães Frederik Ehmke (na bateria), Oliver Holzwarth (com um baixo), André Olbrich e Marcus Siepen (nas guitarras), Michael Schüren (com o teclado) Hansi Kürsch (o vocalista), pareciam estar em casa. Com uma grande bandeira do Brasil, a banda Blind Guardian se apresenta em Curitiba com a maior faculdade de música que alguém poderia esperar com relação ao Power metal.

O ensejo de assistir a um rito como este show fez de mim uma das premiadas, e me sinto muito grata. Principalmente pelo fato de que a banda sabia do reconhecimento atribuído pelos curitibanos, pelo orgulho e agradecimento que eles demonstraram do início ao final da exibição. Quanto carinho…

Blind Guardian

O intuito desta apresentação foi a apresentação do álbum At the Edge of Time, e juntamente a este fato, a banda de abertura responsável foi a paulistana Ancesttral. Tudo ocorreu de forma muito rápida! Os portões se abriram as 19 horas, e as 19:45 iniciaram as festividades. “Boatos confirmados” de que os alemães tiveram grandes problemas com o vôo, portanto começamos mais cedo.

Passaram-se muitos shows até este, e posso afirmar que a quantidade de pessoas foi superior as minhas expectativas. Uma imensidão de pessoas vociferava “Guardian! Guardian!”, e era visível que uma conexão havia se criado. As 21 horas o júbilo chegou ao ápice. Finalmente a banda aparece no palco, e pude ver muito cabeludo chorando. Literalmente chorando! A grande bandeira do Brasil exibida pelo vocalista foi como um afago aos queridos fãs. Os aplausos, os berros e manifestações de admiração foram esplêndidos.

O show teve uma enlaçada com as histórias de Tolkien, um famoso escritor britânico, autor das mundialmente famosas obras O Hobbit, O Senhor dos Anéis e O Silmarillion, afinal de contas, esta foi a grande influência que o album recebeu, como descreve Kürsch.

Diga-se de passagem, que o vocalista teceu uma noite com muito diálogo e atenção dispensada ao público. Destaque para a tendenciosa música Majesty, e ao solo Olbrich. A harmonia da banda e a proporção da banda criaram uma ordem muito agradável para quem estava assistindo. O carisma e a disposição, minha opinião, foram o combustível da noite.

Blind Guardian

A qualidade que torna o discurso e a apresentação agradável aos ouvidos não é apenas isso, obviamente. A quantidade de clássicos misturadas as atualidades da banda deixou o show muito mais agradável, com certeza a expectativa de muitos, afina la banda possui uma gama imensa, com fãs de todas as idades.

Uma pausa com a iluminação (muito bem elaborada por sinal), e a introdução de,“Lord of the Rings” do “Tales From the Twilight World” , que foi a comprovação (para mim) de que todos ali em cima daquele palco estavam se divertindo tanto quanto nós ali embaixo. Prova disto foram as frases do emocionado Kürsch, dizendo que todos “ eram fantásticos”.

Acredito que a única coisa chata que deixou os fãs um pouco chateados foi a substituição da música “ A voice in the Dark” pela “Tanelorn”. Durante o show, um dos roadies substituiu uma pela outra, deixando os aglomerados da grade muito curiosos. Mas sem problemas, independente da música, o pessoal queria mesmo era curtir os guardiões. ( Mas era a melhor música do álbum, poxa vida…)

E o que dizer do momento de “Valhalla”? – Deliverance Why’ve you ever forgotten me? Foi a frase da noite. Repetida inúmeras vezes, foi um grande pedido dos fãs. Marcus gesticula que não com os dedos, mas que provocação! Isso intensificou os gritos dos fanáticos que estavam presentes, e ele não pode recusar! A banda não conseguiu finalizar a canção! O público tomou conta do lugar, e eu senti muito orgulho dessa recepção, apesar de não ter esse trato com a banda como os demais.

Blind Guardian

Before the encore, “And then there was Silence”. E logo após a pausa, “Imaginations from the Other Side”. Adoro progressivo, portanto não me aborreço com músicas longas, como é o caso desta última citada, mas pelo que pude ver ninguém ali tinha problemas com isso. Encerrando a noite mais uma grande manifestação de empatia: “Mirror Mirror”.

Ouvi um pessoal comentando do lado de fora após a apresentação de que essa seria uma das mais esperadas da noite, mas de verdade? Não consigo destacar qual delas teve este mérito. Sim, alguns momentos do show tiveram grande ênfase, mas o conjunto da obra foi… foi o máximo!

Estas duas horas de show não foram tão emocionantes quanto a postagem da banda em uma rede social, onde fui marcada. “Curitiba: Thank you very much for such a great farewell show. We already miss you, though we have just left stage. You have made us very happy. Victorious singing”.

“One more time, amazing voices, Curitiba!”; “Curitiba, you are absolutely fucking crazy… unbeliavable!”… É pessoal, acho que eles voltam em breve, viu?

Setlist:

Sacred Worlds
Born in a Mourning Hall
Nightfall
Time Stands Still (At the Iron Hill)
Mordred’s Song
Majesty
Tanelorn (Into the Void)
Lord of the Rings
Turn the Page
Valhalla
And Then There Was Silence

Bis

Imaginations From the Other Side
The Bard’s Song – In the Forest
Mirror Mirror

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Escrito por

Redação

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