Ontem o Rio de Janeiro recebeu duas lendas do Metal Mundial, dois nomes que, na década de 80 foram bem marcantes para o cenário, tocaram no Rio de Janeiro e deram aulas de como um estilo pode ser tão diferentes, o Metal nos proporciona essas coisas lindas.

Sacred Reich, banda americana de Thrash Metal, formada por Phill Rind (baixo e vocal), Greg Hall (bateria), Jason Rainey e Wiley Arnett (guitarras) e os canadenses do Exciter, em tour com a sua formação original que conta com Dan Beehler (bateria e vocal), Allan Johnson(baixo) e John Ricci (guitarra) ontem vieram mostrar o porquê ainda tem os nomes lembrados no hall de belas bandas do Metal Mundial.

Sacred Reich

Mais uma vez o Teatro Odisséia abriu as suas portas para o nosso amado estilo musical, o show começou cedo, o que facilitou demais qualquer plano e locomoção dos fãs para a sua casa e afins, quando foi por volta de 20h30 o Sacred Reich começou o maravilhoso evento, a banda veio tocando vários clássicos de sua carreira, músicas como Low, Ignorance, The American Way foram tocadas, um momento importante em ser dito, foi quando Phill Rind, com toda a sua simpatia anunciou One Nation ao público, mas lógico, antes, ele falou um pouco mal do atual presidente Estadunidense, o “homem laranja”, como ele se referiu ao Donald Trump e muitos no local foram as gargalhadas.

O som da banda estava perfeito, conseguíamos ouvir todos os instrumentos em palco com perfeição única e a banda se sentia altamente confortável em palco e foi tocando mais e mais músicas, em minha opinião, os grandes pontos do show foram Independent e o fechamento, com chave de ouro com Surf Nicaragua, músicas executadas com perfeição. Quer dizer, pra ser mais exato o show inteiro do Sacred Reich ontem foi perfeito, particularmente eu sentia que estava ouvindo o disco ser reproduzido em minha frente, perfeito, vai fácil pra memória e hall de grandes shows que eu assisti.

Aquela parada básica, dar uma volta pela casa, encontrar os amigos e rir um pouco, conversar sobre o show enquanto esperávamos o Exciter, em sua formação original subir em palco e em pouco menos de 40 minutos a banda estava dando suas primeiras palhetadas, testando o som local, amaciando tudo e logo depois, Dan Beehler vai pro seu posto, atrás das peles e com o microfone colocado em frente à sua boca para assim dar início ao Speed Metal Canadense viver mais uma vez.

Exciter

E mais uma vez um desfile de clássicos, como Pounding Metal, Violence and Force, Iron Gods, I Am the Beast, entre diversas outras músicas que foram magistralmente recebidas pelo ótimo público carioca, que mesmo perto da “Carnéia” não fez feio e deu as bandas um público incrível, o Odisséia estava com bastante gente e o espaço em certos momentos começava a faltar, muito bom. O que vale destacar do show do Exciter é o incrível gás que Dan Beehler ainda tem muito gás, não vou negar que o hoje coroa deu umas vaciladas no início do show, nada grave pra um cara que deve estar girando pelo torno de seus quase 60 anos e ainda toca bateria e canta, dá pra deixar pra lá sim até porquê, parece que quando o motor engrenou, amigo…

A bateria do Beehler dava todo o peso as músicas que a banda vinha executando bem, o vocalista/baterista estava cantando muito bem e ver essa formação em palco, para muitos(incluindo eu) era novidade e foi muito bem vinda, obrigado. No mais, uma noite histórica, que fez o “CarnaBanger”  começar bem demais. Parabéns a Be Magic, que foi corajosa demais em trazer essa belíssima tour ao Rio e nos presenteou com um evento mágico.