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  • Armada lança single e representa o Brasil em coletânea americana

    Armada lança single e representa o Brasil em coletânea americana

    Nesta sexta-feira (11) os selos americanos Pirates Press Records e LSM Vinyl lançaram uma edição especial da já tradicional coletânea “Oi! This is streetpunk!“. Prensado em vinil duplo dez polegadas, o disco conta com vinte das melhores bandas de streetpunk da cena mundial. Ao lado de nomes como Lion’s Law, 45 Adapters e Bonecrusher, a Armada, única participante da América Latina, apresenta “The Rebel Sound“, a primeira faixa da banda composta em inglês.

    “Decidimos gravar em inglês para fazer algo diferente do que vínhamos fazendo, pois essa é a ideia da Armada, sempre navegar por novos mares”, diz o vocalista Henrike Baliú, que teve como inspiração para a letra da música sua banda favorita.

    “Os Forgotten Rebels nunca tiveram o reconhecimento merecido. São pioneiros do punk no Canadá, estão na ativa desde 1977. Não estão no Hall da Fama do Rock ‘n’ Roll, mas foram os responsáveis por me fazer querer ter uma banda punk quando era moleque. Já estava na hora de fazer uma letra que mostrasse a importância deles na minha vida”, revela.

    A relação do vocalista com os canadenses já era notada no Blind Pigs, grupo liderado por Henrike por mais de duas décadas e que, durante este período, gravou três versões do Forgotten Rebels. As bandas se cruzaram também no documentário do norte-americano Douglas Crawford, “The Punks are Alright“, presente na 30ª Mostra Internacional de Cinema de São Paulo em 2006. Em uma das cenas, o vocalista do Forgotten Rebels, Mickey DeSadist, rasgou elogios ao ouvir uma dessas versões do Blind Pigs: “Cara, eles tocam melhor que a gente”.

    Armada lança single e representa o Brasil em coletânea americana
    Armada – Foto: Cristiano Martins

    Para a Pirates Press Records, as bandas presentes na compilação de 2020 de “Oi! This is streetpunk!” possuem uma ampla gama de pontos de vistas sobre questões específicas, mas se unem no que diz respeito à preocupação com o futuro do planeta e as lutas antirracistas e antifascistas. “Juntas, nossas vozes são poderosas; especialmente à medida em que nossa mensagem começa a se assemelhar cada vez mais à mensagem das massas – conforme o mundo acorda (como os punks fazem há décadas) para ver o estrangulamento que as classes dominantes têm sobre o futuro que todos estamos tentando construir e proteger. Unam-se. Ergam-se. Cantem juntos. Lutem a boa luta”, clama o release oficial do selo americano.

    Escute a coletânea completa no Spotify

  • Armada resgata a essência do punk na inédita “Os Ratos”

    Armada resgata a essência do punk na inédita “Os Ratos”

    O isolamento social decorrente da pandemia de coronavírus alterou o modo como as bandas têm produzido música. Exemplo disso é a faixa inédita “Os Ratos“, lançada nesta terça-feira (15) pela Armada. O grupo, que sempre prezou pela qualidade impecável de suas gravações, desde a época em que seus integrantes faziam parte da lendária Blind Pigs, agora troca os estúdios pelo celular e considera que a mensagem é mais importante que o meio.

    Armada resgata a essência do punk na inédita “Os Ratos”

    “Estamos vivendo um momento delicado e perigoso politicamente no Brasil, a necessidade de colocar para fora o que sentimos em relação a isso é muito grande. Não dá pra entrar em estúdio? Então vamos gravar com nossos celulares!”, explica o vocalista Henrike Baliú.

    O som cru e a atitude “faça você mesmo” são características já conhecidas do punk rock, e é natural que o Armada beba desta fonte, mesmo que em outros momentos tenha optado por não se limitar ao punk, misturando diferentes estilos musicais.

    “Os Ratos” conta ainda com um videoclipe desenvolvido também à distância e editado pelo baixista Mauro Tracco. “A letra do Henrike é uma analogia, mas queria que as imagens fossem para outro lado. Queria que fossem explícitas, sem muito lugar pra subjetividade”, diz Tracco. A ideia do baixista foi mostrar os ratos como inimigos nojentos e desprezíveis. Para isso, se valeu de cenas de filmes B dos anos 70 e 80 com essa temática. “A intenção é deixar o espectador nauseado com tanto rato, que é como nos sentimos em relação aos verdadeiros personagens aos quais a letra se refere”, revela.

    Assista ao videoclipe de “Os Ratos”