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Após uma noite bem-sucedida em Oslo, no dia 1º de fevereiro, com performances de Gehenna, Haraball, Sulphur e So Much For Nothing, na popular casa de shows John Dee, para dar o pontapé inicial aos trabalhos do Inferno Metal Festival, a organização finalmente anunciou todas as atrações da edição de 2014.

O primeiro headliner anunciado foi o Dimmu Borgir, que começará a sua apresentação no Inferno Metal festival 2014 às 23h25, na quinta-feira, 17 de abril. A banda fará um show especial com o repertório dividido em duas partes, com quase uma hora de duração cada. Então, esta será uma noite de quase duas horas com o Dimmu Borgir tocando alguns de seus maiores sucessos lançados ao longo de mais de 20 anos de carreira. Este, sem dúvida, será um show que nenhum fã do grupo gostaria de perder.

Dimmu Borgir
Dimmu Borgir (foto: Fabiola Santini)

O esquadrão do black metal sueco do Watain também está confirmado como um dos headliners do evento. Uma das mais comentadas bandas do estilo no último ano, o Watain lançou seu quinto álbum, The Wild Hunt, em agosto do ano passado, pela Century Media.

O Inferno Metal Festival acontecerá em Oslo, Noruega, de 16 a 19 de abril, em oito diferentes casas de shows: Rockefeller, John Dee, Rock In, Blå, DeVilles, Victoria, Revolver e Kulturhuset. Essa experiência única para os fãs de metal terá, novamente, apresentações incríveis de mais de 50 bandas. Além do Watain, Dimmu Borgir, Hatebreed, Fleshgod Apocalypse, Kampfar, Rotting Christ, Impiety e Oranssi Pazuzu farão parte de um dos mais disputados festivais da Europa.

Watain
Watain (foto: Fabiola Santini)

Os suecos do Alfahanne, que recentemente assinaram um contrato com a Dark Essence Records, foram confirmados como parte do poderoso cast do Inferno Metal Festival 2014. A banda, da cidade de Eskilstuna, descreve sua própria música como “alfapocalyptic rock”, uma combinação letal de black metal, punk e synth rock dos anos 80. O álbum de estreia, Alfapokalyps, foi lançado em fevereiro. A banda já esteve presente em um split lançado em 2013, Grym, ao lado do Shining. Niklas Kvarforth, vocalista do Shining, inclusive, é uma das participações especiais no primeiro disco do grupo, assim como Hoest, do Taake, e V’gandr, do Helheim. Os músicos do Alfahanne possuem vasta experiência no metal, pois participaram de diversas bandas desde o começo da década de 90, como Vinterland e Maze of Torment.

Os reis japoneses do doom metal do Church of Misery farão parte de uma nova experiência do Inferno Metal Festival 2014. No dia 17 de abril, quinta-feira, os fãs poderão se juntar à banda no mar, no barco S/S Johanna para um passeio de três horas pelo deslumbrante fiorde de Oslo. Durante essa fantástica experiência, os fãs verão uma apresentação da banda. O S/S Johanna partirá às 13h do porto Rådhusbrygge 2 (a última chamada será às 12h30) e estará de volta às 16h, a tempo para o primeiro show do dia.

Alfahanne
Alfahanne (foto: divulgação)

Acomodações estão disponíveis para reserva no hotel oficial do Inferno Metal Festival, o Royal Christiania. Informações sobre a logística e as últimas novidades podem ser conferidas no site oficial do evento e na página do Facebook.

Confira abaixo uma entrevista exclusiva com Runar Pettersen, um dos assessores de imprensa do festival:

Portal do Inferno: Oi Runar, qual é o seu papel na organização do Inferno Metal Festival?
Runar Pettersen: Eu sou o assessor de imprensa, o meu papel é lidar com todos os interesses da imprensa, desde organizar as informações sobre as bandas, a publicar newsletter e atualizar o Facebook.

P.I.: Essa será a minha segunda vez no Inferno: fiquei muito impressionada no ano passado com os altos padrões da equipe de imprensa. Nada parece ser aleatório e tudo foi perfeitamente organizado para nós, jornalistas, fazermos um grande trabalho. O quão difícil é para vocês manterem tudo sob controle, sem sequer parecerem estressados?
Runar: Nós fazemos boa parte do trabalho antecipadamente, então, tudo está pronto quando o festival começa. Sem dúvida, o maior estresse é na véspera do início do festival. Durante os dias do evento, temos tudo sob controle, pois temos grandes parceiros trabalhando conosco também. Depois de 14 anos, devo dizer que tudo funciona muito bem.

Oranssi Pazuzu
Oranssi Pazuzu (foto: Fabiola Santini)

P.I.: Há quanto tempo você é assessor de imprensa do Inferno?
Runar: Este é o meu segundo ano. Antes dessa função, eu foquei meu trabalho principalmente na Scream Magazine. Eu cobri o festival como jornalista desde o primeiro ano, até que me foi oferecido o cargo atual.

P.I.: Então você realmente sabe o que jornalistas e fotógrafos precisam de um assessor de imprensa de um festival.
Runar: Definitivamente, sim!

P.I.: Qual é o maior desafio que você encara quando tem que planejar um festival como o Inferno?
Runar: O tempo é sempre um problema, manter todos os prazos e estar pronto.

P.I.: Sobre a 14ª edição, que começará em menos de um mês, o line-up é simplesmente grandioso, com bandas da magnitude do Watain e Dimmu Borgir.
Runar: O maior desafio que tivemos que enfrentar quando começamos a pensar no line-up foi a época do ano. O Inferno acontece antes do início da temporada de festivais. É bom e ruim ao mesmo tempo: podemos ter artistas disponíveis antes que eles se comprometam com outros festivais de verão mas, ao mesmo tempo, algumas bandas podem não estar prontas para sair em turnê, já que é muito cedo. Às vezes, as bandas maiores podem até estarem fora da Europa fazendo turnês.

Fleshgod apocalypse
Fleshgod Apocalypse (foto: Fabiola Santini)

P.I.: Vocês conseguiram unir grandes nomes nesse ano, além dos grandes headliners, como Rotting Christ, Gehenna, meus italianos do coração do Fleshgod Apocalypse. Na noite passada, eu vi o Oranssi Pazuzu aqui em Londres, o show fez grande sucesso e houve muita conversa sobre a performance no Inferno.
Runar: Essa será a primeira vez em que os verei, estou ansioso.

P.I.: E o Inferno está ganhando popularidade fora da Europa.
Runar: Eu acho que as pessoas do exterior, definitivamente, querem viver a experiência da cena black metal norueguesa, a atmosfera da comunidade. Muitos, quando chegam a Oslo, querem fazer passeios. Visitar lugares como a loja de discos Helvete se tornou parte da experiência do festival. A Noruega é um país muito caro, então as pessoas vêm de lugares distantes como o Brasil, os Estados Unidos, o Japão, e eles querem mergulhar na cultura metal da Noruega o máximo que puderem, já que isso é exótico para eles.

P.I.: Vocês também estão oferecendo o cruzeiro com o Church of Misery nesse ano.
Runar: Já fizemos isso antes e os fãs gostaram muito! Não muitas pessoas podem vir à bordo, disponibilizamos apenas 100 ingressos mas, mais uma vez, a resposta tem sido positiva. Acho que vai ser muito legal, já que o tempo estará bom.

P.I.: Quais os objetivos que vocês querem alcançar com o Inferno daqui para frente?
Runar: O tamanho atual é o que queremos manter, principalmente porque queremos que ele sempre aconteça no Rockefeller, nossa casa de shows principal. Nós nunca vamos fazer o Inferno fora dessa casa, já é nossa tradição. Nós vamos expandi-lo no sentido de que tentaremos novas coisaos shows durante o dia para novos palcos, esse é o maior line-up que já tivemos.