Com sua terceira turnê de apoio ao ex-vocalista do Iron Maiden, Paul Di’Anno, finalizada, a banda gaúcha Scelerata divulga o balanço final de mais esta série de shows, que tanto serviram para tocar os clássicos da “donzela de ferro”, como para divulgar seus dois CDs. Confira nas palavras do baterista Francis Cassol como foi esta jornada e veja algumas fotos da turnê em http://bit.ly/sKmvCa

“Em 2011 o Scelerata fez a 3ª tour brasileira como banda de suporte e abertura da lenda Paul Di’Anno (ex-Iron Maiden). Somados os anos anteriores, chegamos a um total de 40 shows pelo Brasil, passando por todas as 5 regiões desse imenso país. Em 2011, ao contrário de 2010, procuramos explorar mais as cidades do interior, o que semostrou uma boa estratégia ao longo da tour, pelo fato de as pessoas comparecem em peso e agitarem do começo ao fim do show insanamente.

Começamos pela região sul, nas cidades gaúchas de Porto Alegre, Caxias do Sul e Torres. Todos os shows foram de arrepiar! É sempre diferente quando a gente toca na nossa cidade natal, e esse ano começamos a tour por ela, Porto Alegre. A presença dos amigos sempre motiva, e dessa vez não foi diferente. Começamos com o pé direito, sem dúvida. Mas gostaria de destacar o show de Caxias do Sul. A começar pela casa que nos recebeu, chamada All Need Master Hall. Estrutura gringa, palco grande e, o mais bacana de tudo, público sedento e muito receptivo. Recebemos aproximadamente 1000 pessoas, com todo mundo cantando, gritando e agitando. Nesse show lembro-me de um garoto na primeira fila cantando e indo as lágrimas enquanto tocávamos Wrathchild. De arrepiar. Em Torres também tivemos uma estrutura muito boa, casa e palco grandes. Pela primeira vez tocamos no litoraldo estado do Rio Grande do Sul, e a receptividade não poderia ter sido melhor.

Em seguida fomos para Goiânia, para mais um show no maravilhoso Bolshoi Pub. Estrutura 100%, tratamento excelente e um show sem nenhum tipo de problema. Na noite seguinte já estávamos no interior de São Paulo, mais precisamente em Presidente Prudente. A viagem foi muito cansativa, e logo na chegada tivemos problemas com o equipamento. Devido a isso houve um pequeno atraso, mas destaco a produção local e a nossa equipe, que souberam contornar tudo. Tocamos em uma cancha de futsal, e o público foi um dos melhores que tivemos nessa tour, com o pessoal fazendo roda e cantando desde a primeira música do Scelerata.

De PP fomos para Itapira, também interior de São Paulo. Uma cidade muito pequena, mas acolhedora. O show foi no chamado Centrão, que é o clube da cidade. Um salão enorme para um público superior a 1000 pessoas. O calor no palco estava beirando o insuportável, enquanto a troca de energia com o público estava acima de qualquer expectativa. Foi realmente um show memorável. Destaco que na mesma noite o Deep Purple estava tocando em uma cidade vizinha, e mesmo assim tivemos um excelente público. Acredito que esse tenha sido o melhor show da tour, parelho com Presidente Prudente e Caxias do Sul.

Na manhã seguinte nos deslocamos para São Paulo, capital. Pela primeira vez tocamos no Beco 203, uma casa muito bacana. Recomendo para os que ainda não conhecem. Mais um grande show com uma confraternização pós-show muito legal, com muitos amigos presentes.

Na véspera do feriado de 12 de outubro tocamos em Santo André, grande São Paulo. Esse sem dúvida alguma foi o show mais difícil de fazer pela estrutura da casa, que não está acostumada e nem preparada para receber shows do porte do Paul Di’Anno. Tivemos muitos problemas com a rede elétrica no transcorrer do show, e por pouco não tivemos que encerrar na metade. Mas, como já foi dito, “the show must go on”, e de alguma forma nos superamos e procuramos dar o nosso máximo em ambos os shows. Acredite ou não, tocamos duas músicas instrumentais sem energia e sem P.A. Apesar dos problemas, o saldo foi positivo.

Duas noites depois estávamos em Piracicaba/SP. O show foi em um pub muito bacana com um público muito animado, e na noite seguinte tocamos em Jundiaí, também São Paulo. Aqui tivemos um público pequeno, mas mesmo assim o pessoal fazia roda, cantava junto e interagiu energicamente em ambos os shows. Foi uma noite muito bacana.

Encerramos a tour 2011 em João Pessoa, na Paraíba. Esse foi um evento especial, chamado Iron Maiden Day. Além do Paul Di’Anno, também tivemos a apresentação da Children of the Beast, um dos mais fiéis covers de Iron Maiden do mundo. Além da Cot B, tivemos a clássica banda Shock, e também Sodoma e Big Five. Esse evento foi no Ginásio Ronaldão, com um público aproximado de 3.000 pessoas. Sem dúvida alguma para fechar a “Running Free Again Brazilian Tour” com chave de ouro. Após o show tivemos a oportunidade de conhecer o pessoal da banda Shock. É uma das bandas de Metal mais antigas do país, formada por três irmãos, e o pessoal é realmente muito gente fina.

Gostaria de agradecer a todos os envolvidos na realização de mais essa grande tour, com a lenda Paul Di’Anno e a banda Scelerata. Todos os produtores locais e suas respectivas equipes, e todas as pessoas que trabalharam conosco de alguma formaou outra. Um agradecimento especial ao Ricardo Finocchiaro da Abstratti Produtora, que pelo 3º ano consecutivo trabalha conosco e o Paul Di’Anno. Lógico, um agradecimento “mais-do-que-especial’ à lenda Paul Di’Anno pela sua amizade, simplicidade e por nos proporcionar de desfrutar do palco do seu incrível talento de cantar e entreter. Tu realmente és THE BEAST. E, “last but not least”, a nossa incansável e competentíssima equipe, composta por Bruno Lorenzen, Victor Petrosky e Carlos Loureiro.”

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Redação

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