Por: (Arte Metal)
Em tempos em que o Death Metal tem recebido doses cavalares de artificialidade em suas produções e a técnica exacerbada tomou o lugar da brutalidade/pegada típicas do estilo, sobra para os ‘velhos de guerra’ mostrar qual é a essência do Metal da morte.
Com quase trinta anos de carreira e chegando ao seu décimo disco de estúdio, o Immolation pode dar exemplos de como se fazer isso, já que se trata de uma das principais formações do estilo em atividade. E, para a alegria dos admiradores mais conservadores, Atonement traz todas essas características e mais um pouco.
O novo trabalho é uma aula de como injetar brutalidade, ‘feeling’ e peso em um estilo onde o clima fúnebre e apocalíptico são essenciais. E a banda consegue fazer isso sem soar datada, pelo contrário, pois se mostra atual sem se perder nos artifícios da tecnologia e conseguindo manter uma tênue linha entre o passado e o presente.
O trabalho de guitarras destilado por Robert Vigna e Alex Bouks há muito tempo não se ouvia. Uma massa sonora em forma de riffs potentes, variados e caóticos que só dão espaços a solos não tão melodiosos em momentos oportunos. A cozinha do líder Ross Dolan (baixo/vocal) e Steve Shalaty (bateria) dita os ritmos cheios de quebradas e viradas insanas que viraram características do grupo.
São onze grandes exemplos de como o Death Metal deve soar, sem mais nem menos, só colocando um adendo que a banda ousou em variar mais suas levadas e incluir algumas passagens (meteóricas) mais brandas. A produção natural, porém moderna enfatiza a qualidade da obra e ajuda ainda mais a resgatar a essência do gênero. Death Metal de verdade.
Nota: 8,5
Tracklist:
- The Distorting Light
- When the Jackals Come
- Fostering the Divide
- Rise the Heretics
- Thrown to the Fire
- Destructive Currents
- Lower
- Atonement
- Above All
- The Power of Gods
- Epiphany
- Immolation (Rerecorded)
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