Por: (Arte Metal)
Contando com Alice (vocal/baixo), Ale de La Veja (bateria) e a experiente Maria Fernanda Cals (guitarra, ex-Vociferatus, Melyra, Impacto Profano, etc), a Indiscpline surgiu em 2012 e curiosamente, além de uma demo (In My Guts de 2014), havia lançado somente um trabalho ao vivo, Live At Toca (2015).
A banda que mostrou qualidade antes mesmo de soltar o debut, fez com que o lançamento de seu primeiro disco oficial fosse aguardado, e finalmente agora os fãs e curiosos podem conferir em Sanguinea todo o potencial que a banda já demonstrava. Enfim, a encomenda saiu até melhor do que o esperado.
Afinal, o que temos em Sanguinea é uma mescla bem feita entre o Heavy Metal e o Hard Rock, onde melodia e agressividade se encontram em uma musicalidade que soa natural, sem forçar e cativa o ouvinte desde a primeira audição. Tudo com refrões que ‘impregnam’ (no bom sentido) na cabeça e já trazem uma identificação imediata com os amantes de ambos os estilos.
O trabalho de guitarra de Maria Fernanda é um dos grandes destaques, até porque dá o peso necessário às músicas, sem tirar sua acessibilidade, além dos timbres muito bem escolhidos. A cozinha faz seu trabalho sem delongas, sendo que Alice mostra uma interpretação cheia de gana, equilibrada e sem exageros (e que voz privilegiada que ela tem).
Fear in Your Eyes, Burning Bridges, Losing My Mind, Higher e Poison são hits imediatos e mostram a capacidade da banda em criar músicas que contagiam. Uma leve ressalva para a produção do disco, que ficou a cargo de Felipe Eregion (Unearthly). Claro que a qualidade está acima da média, mas talvez algo mais polido e menos abafado combinasse melhor com a proposta da banda. No mais, que bela estreia.
Nota: 8,5
Tracklist:
- Fear in Your Eyes
- Take It or Leave It
- Nasty Roar
- Burning Bridges
- Degrees of Shade
- Losing My Mind
- Born Dead
- Higher
- Miss Daniel
- Poison
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