Por: (Arte Metal)
Este é o terceiro disco do MAYAN, banda holandesa com quase uma dezena de músicos, uma verdadeira seleção liderada por Mark Jansen (guitarrista do EPICA, ex-AFTER FOREVER, etc), aqui responsável pelos vocais principais e as orquestrações, além dos arranjos.
São nove músicos na banda, mas a parte instrumental conta com o básico. Isto é guitarra, baixo, bateria e teclado. O contingente é grande porque o MAYAN é uma banda que trabalha muito o aspecto vocal e nisso utiliza metade de seus integrantes. O resultado é sensacional.
Apostando no que nos acostumamos chamar de Death Metal sinfônico, o leitor não pode deixar se enganar achando que se trata de algo na linha VAN CANTO. Longe disso. O que temos é uma mescla de peso, brutalidade mesmo e momentos eruditos, muito versáteis e com variação rítmica intensa.
Com um ar moderno, o trabalho de guitarras destila riffs que poderiam soar ao menos um pouco mais agressivos. Porém, a cozinha não decepciona, com pegada intensa e forte, adicionando até ‘blast beats’ em algumas passagens. Os arranjos sinfônicos são mais intensificados nas melodias, do que nas camas de sintetizadores, o que é muito bem vindo e soa equilibrado.
Agora, o principal, as linhas vocais, são a cereja do bolo. Vocais rasgados, guturais e limpos masculinos se alternam com as belas vozes de Laura Macrì e Marcela Bovio, duas sopranos que engrandecem o disco e conseguem contrastar no trabalho sem soar exageradas.
O único porém de “Dhyana” é a veia um tanto quanto moderna de sua produção, que o faz soar um pouco artificial. No mais, é só conferir faixas como The Rhythm of Freedom, Rebirth from Despair, The Illusory Self e Set Me Free, chutar pro gol e sair pro abraço.
Nota: 8,5
Tracklist:
- The Rhythm of Freedom
- Tornado of Thoughts (I Don’t Think Therefore I Am)
- Saints Don’t Die
- Dhyana
- Rebirth from Despair
- The Power Process
- The Illusory Self
- Satori
- Maya (The Veil of Delusion)
- The Flaming Rage of God
- Set Me Free
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