A edição de 2014 do notório Eindhoven Metal Meeting (EMM), que aconteceu nos dias 12 e 13 de dezembro, atingiu o merecido status ao ter todos seus ingressos vendidos, porém, com headliners de peso como At the Gates, Tryptykon, Primordial (1º dia) e Morbid Angel, In Solitude, Thyrfing (2º dia), isso já era mais do que esperado. O festival acontece anualmente bem antes do Natal: graças à competente organização e ao line-up imperdível, a cada ano o evento atrai um número crescente de fãs de todo o mundo.

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Dust Bolt (foto: Fabiola Santini)

A comunidade do EMM é composta por verdadeiros peritos do metal: durante os dois dias do festival, fãs se reúnem em verdadeira camaradagem e espírito do metal. Os encontros que acontecem entre dois palcos, o Large e o District 19, são repletos de fãs que, entre uma banda e outra, têm a oportunidade de compartilhar opiniões animadas sobre a banda que acabou de tocar ou sobre os shows que virão a seguir, enquanto tomam uma boa cerveja.

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Cruachan (foto: Fabiola Santini)

A caça pelos itens oficiais de merchandise também já faz parte do EMM, com muitos estandes estrategicamente posicionados na entrada do District 19 e oferecendo uma grande variedade de itens para verdadeiros colecionadores. o Eindhoven Metal Meeting foi, mais uma vez, um evento de metal imperdível: dois dias, 37 bandas, dois palcos e muita coisa acontecendo!

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Valkyrja (foto: Fabiola Santini)

Após o sucesso dos headliners do primeiro dia (que também contou com a banda holandesa Carach Angren, atingindo a posição de uma das melhores bandas a tocar no evento), o segundo round do EMM começou, talvez, um pouco devagar com a banda americana Origin. Apesar dos fortes vocais de Jason Keyser e da banda ter uma sonoridade relativamente poderosa, o set não emplacou como o esperado. Os conterrâneos do Exhumed tocaram em seguida e representaram o tradicional death/grindcore de seu país, que nunca falha para agitar o público. A visão do mal e ameaçador cirurgião assustando, com sua serra, cada uma das almas presentes é sempre um destaque no show.

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Origin (foto: Fabiola Santini)

Do palco District 19, os alemães do Dust Bolt receberam a atenção merecida graças ao seu ágil thrash metal, enquanto, de volta ao palco Large, era a vez dos suecos do Thyrfing de executarem um glorioso repertório. Vinda de Estocolmo e liderada pelo vocalista Jens Rydén, a banda conquistou o público com seu fulgor, muita paixão e musicalidade de alto nível. Dennis Ekdahl provou ser um dos mais talentosos bateristas do dia: a produção de palco foi magnífica e, ao lado dos belgas do Aborted (que tocaram mais tarde naquele mesmo dia), foi um dos melhores da segunda noite do festival.

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Thyrfing (foto: Fabiola Santini)

O Thanatos não convenceu como esperado e a tocha foi passada para a sensação do black metal sueco, Valkyrja. Liderado por Andreas Lind, o esquadrão provou estar em grande forma: batidas impressionantes fora de controle, costumeiros riffs estranhamente trabalhados e muita corpse paint fizeram desse um dos mais sensacionais shows do dia. Em seguida, chegou a vez do Aborted: as duas grandes placas escritas KILL THE LIVING – RAISE THE DEAD lembraram o público que 2014 foi o ano do mais recente álbum da banda, The Necrotic Manifesto, que saiu em abril. Sven “Svencho” de Caluwé mostrou, mais uma vez, ser um grande frontman, a velocidade excessiva de sua apurada técnica de death metal atingiu o ápice em duas faixas, Necrotic Manifesto e The Origin of Disease.

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Aborted (foto: Fabiola Santini)

Após uma dose letal de black/death metal dos suíços do Bölzer e do animado folk irlandês do Cruachan, chegou a hora dos finlandeses do Ensiferum, que executou um repertório tradicional, evocativo, porém rotineiro. A banda sueca Unleashed teve pouco tempo de palco, mas isso não teve nada a ver com a habilidade da banda: nada parecia atrair a atenção do público antes do show de uma das maiores potências do death metal, o Morbid Angel.

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Ensiferum (foto: Fabiola Santini)

Sua Majestade David Vincent e companhia estavam em turnê para celebrar uma importante marca em sua carreira: o 20ª aniversário do clássico Covenant. O set começou em grande estilo com a sequência letal de Rapture e Pain Divine. Mas foi com a colossal God of Emptiness que o Morbid Angel conquistou um lugar entre as estrelas e, definitivamente, entre os melhores shows do dia.

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Morbid Angel (foto: Fabiola Santini)

Ficou a cargo dos suecos do In Solitude de encerrar o festival e eles fizeram um excelente trabalho ao encantar o público com seu som único e cativante. O vocal de Pelle Åhman foi além de qualquer expectativa em uma maravilhosa rendição em seu sucesso Lavender, de seu mais recente álbum, Sister.

E o fim chegou muito rapidamente: era hora de se despedir do Effenaar e começar os planos para estar presente na edição de 2015 do primeiro e único Eindhoven Metal Meeting.

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In Solitude (foto: Fabiola Santini)