Como são lindos os suecos do Evergrey! Pude observar de tão perto, que quase não acreditei. Nada mais recompensador, depois te tanta espera… Os portões deveriam se abrir as 22 horas, mas neste horário ainda haviam bandas realizando a passagem de som.

O show foi realizado no Hangar Bar, uma casa nada adequada para recepcionar bandas deste nível. A qualidade do show poderia ter sido muito superior, se a acústica da casa colaborasse. Saíram perdendo muito as bandas de abertura, Confiteor e Suprema, que além do pouco espaço disponibilizado no palco, ainda contaram com a frieza dos curitibanos.

Exatamente meia noite, sobe ao palco a banda Confiteor, com apenas um ano de existência. Proveniente da Bahia, a banda deixou registrada que o Salvador também sabe tocar heavy metal, e não só axé. Uma pena que o retorno não estava dos melhores, e também o vocalista tinha sua voz encoberta pelo restante, com o microfone muito baixo. Porém, nos intervalos, dava pra destacar a qualidade do timbre e técnica de Dan Loureiro. Louis também demonstrou grande entusiasmo na bateria, apesar do pequeno espaço. Os guitarristas Fredd e Victor foram privilegiados, e também deixaram suas marcas registradas. Infelizmente a banda não contou com uma grande quantidade de pessoas  para mostrar seu trabalho, mas não tenham dúvidas que os poucos entenderam a mensagem, rapazes. Pudemos perceber o esforço de todos para que apesar dos pesares, o resultado fosse perfeito.

Logo após, foi a vez dos integrantes da Suprema. Com um ritmo mais melódico, contou com uma quantidade um pouco maior no público. Um pouco menos tímidos e com maior tranqüilidade sobre o palco, trouxeram consigo musicas inéditas para Curitiba. O baterista da banda também contou com a dificuldade relacionada ao espaço físico, os demais integrantes da banda foram prejudicados com o mesmo motivo (com exceção do vocalista, que quase levou o palco abaixo com seu pedestal), mas o show foi espetacular. O destaque foi o guitarrista Douglas Jen, o 11° colocado na votação do Guitar Idol.

Mas, retornando ao Evergrey: pudemos então finalizar a noite com muito metal progressivo e Power metal. Lá embaixo ficou difícil de achar um espaçinho para curtir e aproveitar a proximidade com o piadista Tom S. Englund (vocal/guitarra), o guitarrista Marcus Jidell, Johan Niemann (baixo e barba), Rikard Zander nos teclados e o idolatrado pelas garotas Hannes Van Dahl, bateria. Abrindo com Monday, o público foi ao delírio, mas se acalmou com a bateria pesada de As I Lie. Diga-se de passagem, esta é uma música para ser apreciada. Hannes quase derruba tudo com sua empolgação no instrumento durante esta faixa.

Nem Johan escapou dos problemas com o microfone. Infelizmente, por mais grave e limpa que seja, sua voz sumiu em meio aos gritos do público e demais instrumentos. O calor também foi algo problemático para os integrantes. Tom Englund tomou água do início ao fim, e impossível não reconhecer suas caretas e reclamações para Marcus, durante todo o show.

Para amantes do gênero como eu, ficou difícil não notar todos os problemas, mas tudo se releva quando estamos falando de Evergrey. Fundada em 1996, suas letras obscuras e melódicas, com temas variadíssimos, em 2011 a banda ainda consegue passar muita energia, e com muita simplicidade e profissionalismo. Um dos mais brilhantes eventos deste ano, sem dúvidas.

Setlist Confiteor:

More than their lies
Poisoned
Relapsus
Unperfect heart
Damned by my deads
Arcana mea

Setlist Suprema:

Escape
Fury and rage
Spy eyes
Iced heart
Powermind

Setlist Evergrey:

Leave it behind us
Monday morning apocalypse
As I lie here bleeding
The Masterplan
Rulers of the mind
Mark of the triangle
Wrong
Blinded
Solitude within
Nosferatu
I’m sorry
Frozen

Bis

When the walls go down
Recreation day
Broken wings
A touch of blessing

Clique aqui para ver todas as fotos deste show!

Escrito por

Redação

Portal do Inferno é um site especializado em notícias do rock n roll ao metal extremo, resenhas, entrevistas e cobertura de shows e eventos!