– O que significa o nome RADICITUS?

R: Essa é uma pergunta que muitas pessoas nos fazem. Radicitus é “radical” em latim, mas o nome surgiu a partir de uma piada interna que nosso primeiro baixista fazia nos ensaios. Sempre que terminávamos uma determinada música ele dizia: “essa ficou radical” com uma voz pra zombar da gíria, mas de tanto usarmos e fazermos essa piada, pegamos a palavra e vimos que soava bem em latim, aí transformamos no nome da banda.

– “Back to Black” é o terceiro Single de vocês, como ele vem sendo recebido pela imprensa e fãs?

R: Vem sendo recebido muito bem! Esse single foi um trabalho que nos orgulha muito e temos recebido muitas opiniões positivas do público e da crítica especializada. Foi um desafio pegar uma canção já conhecida, de um gênero fora do rock e trazer ela para esse universo com um arranjo novo e dar para o público, uma nova forma de enxergar esse grande sucesso da Amy Winehouse. Deu trabalho, mas os resultados tem sido incríveis.

– Quais as principais diferenças que vocês enxergam em “Peer” com relação aos seus antecessores?

R: “Peer” é uma canção que buscamos experimentar mais em estúdio, trazendo elementos musicais que nunca havíamos experimentado antes em nossa carreira. Ela possui influências de música oriental, especialmente da música indiana e da música árabe, possui referências a literatura de grandes autores como Nietzsche e Oscar Wilde, mas não deixa a nossa essência de lado: ela tem aquele peso típico da Radicitus e deixa evidente nossas influências de grunge e rock clássico. Mas a diferença principal está no fator da experimentação.

– “Morphing” possui músicas muito fortes, e todas em inglês. Porque vocês preferiram seguir por este caminho? Vocês não almejam o mercado nacional?

R: Almejamos sim, mas a principal questão de nossas músicas serem feitas em inglês é devido a derrubarmos as barreiras idiomáticas.

Sabemos que a maior parte das músicas consumidas pelo grande público, especialmente dentro do rock n’ roll, são em inglês. Em países que nem possuem o inglês como idioma principal, é o inglês que domina em termos culturais (filmes, livros e música) então nós pensamos com essa mentalidade.

Admiramos bandas e artistas que produzem músicas em português, mas optamos pelo inglês para que o público não tivesse impeditivos para consumir nossas músicas e, consumindo em qualquer lugar do mundo, pudesse entender a mensagem das canções.

– A arte da capa de “Morphing” foi assinada por qual profissional? Qual o significado dela?

R: Nós mesmos fizemos a arte da capa. A fotografia da capa foi tirada em 1952 e representa uma das imagens da Operação Tumbler-Snapper, que foi uma série de testes com armas nucleares conduzidos pelos Estados Unidos. A foto em si é uma explosão nuclear a alguns milissegundos antes de acontecer e buscamos representar justamente o impacto que esperávamos que as pessoas tivessem ao escutar o material contido ali no EP. Nos orgulhamos muito dessa capa, ela carrega também essa aura misteriosa, não é óbvia e isso contribuiu bastante para gerar essa curiosidade nos ouvintes.

– Eu gostei muito da mixagem e masterização de “Misery Blues”, o que vocês podem nos falar sobre a pós produção dela?

R: Muito obrigado! “Misery Blues” foi produzida e gravada nos estúdios do Gerson Lima, nosso produtor de longa data. O Gerson compreende bem o som da banda e ele extrai o nosso melhor dentro do estúdio, trabalhar com ele é sempre um aprendizado e nos rende experiências muito gratificantes.

A faixa foi produzida com cada músico tocando seu instrumento de forma individualizada e ela resume bem o que é o nosso som: uma mistura do peso e do lirismo do grunge dos anos 90 com licks e solos oriundos do rock clássico das décadas de 60 e 70, é uma mistura desses dois universos que nos inspiram e moldam a banda que a Radicitus é.

– “Morphing” ganhará uma tiragem limitada em CD? Existem planos para uma produção em maior escala neste sentido?

R: Existem planos sim, mas no momento estamos com planos mais voltados ao streaming. Todos na banda são aficionados por mídia física, nós adoramos esse mundo, mas o streaming tornou a distribuição de música algo mais prático e mais rápido, a tecnologia contribuiu muito nesse sentido. Mas nós não descartamos a ideia de lançarmos cópias físicas dos nossos discos, está no nosso radar.

– Como tem sido os shows dessa fase da banda? O público está conseguindo assimilar o álbum?

R: Tem sido incríveis! Estamos iniciando a nossa turnê de 2025, a Rust And Bloom Tour que já tem datas fechadas em locais muito bacanas e que estamos muito animados para tocar. Estamos com um repertório renovado, muitas novidades e soando muito bem! O público tem nos elogiado muito e curtido demais nossas autorais ao vivo, isso nos gratifica demais! Não tem preço.

– “Come Inside Me” pra mim é a melhor do CD. Imagino que foi desafiador escrever essa música que, além de complexa, tem diversos elementos de várias vertentes nela…

R: Puxa, muito obrigado! Essa música tem muitas influências, ela mistura bem o rock clássico dos anos 70 com o grunge dos anos 90 e também traz inspiração do punk rock que é uma vertente do rock que nós adoramos. Ela tem um tempo bem diferente, com umas quebradas no meio e um ritmo bem fora do padrão, isso tudo, torna essa canção muito especial para nós e obrigatória nos nossos setlists ao vivo.

– Obrigado pelo tempo concedido a nós do Portal do Inferno. Mandem notícias da cena da cidade de vocês, por gentileza…

R: Nós que agradecemos o espaço! Gostaríamos de pedir para que todos nos seguissem no Instagram: @radicitusoficial para ficar por dentro do nosso trabalho e também, para escutarem nossas canções nas plataformas de streaming! Estamos no Spotify, Deezer, Amazon Music, YouTube Music, Apple Music entre outros!

Muito obrigado!