
- O que significa o nome THE RED CROW?
O nome THE RED CROW surgiu como uma representação da dualidade entre o místico e o sombrio. O corvo é um símbolo clássico do ocultismo e da transformação, enquanto o vermelho remete à violência, paixão e caos. A ideia era criar um nome que evocasse mistério, intensidade e um certo peso visual e sonoro, combinando com o clima das nossas músicas.
- “Spellbound” é o primeiro álbum de vocês, como ele vem sendo recebido pela imprensa e fãs?
A recepção tem sido muito positiva! Tanto a imprensa quanto os fãs destacaram o peso e a atmosfera densa do álbum, além das temáticas que abordamos nas letras. Vimos resenhas muito elogiosas sobre a sonoridade e a produção, e os fãs têm se conectado com as músicas de uma forma intensa. É gratificante ver que conseguimos transmitir a energia que queríamos com esse trabalho.
- Quais as principais diferenças que vocês enxergam em “Spellbound” com relação aos seus trabalhos antigos?
A principal diferença é que “Spellbound” é um trabalho mais maduro e coeso. Nos nossos lançamentos anteriores, experimentávamos bastante com sonoridades diferentes dentro do Stoner Metal e do Grunge, mas agora conseguimos consolidar a identidade da banda. A produção também foi um salto enorme, tanto na qualidade da gravação com apoio dos nossos produtores Marcel Bitencourt e Iuri Sanson (Híbria) quanto na forma como estruturamos as composições.
- “Spellbound” possui músicas muito fortes, e todas em inglês. Por que vocês preferiram seguir por este caminho? Vocês não almejam o mercado brasileiro?
O inglês sempre foi a língua natural para o nosso som, pois traz uma musicalidade que encaixa melhor no estilo que fazemos. Além disso, como queremos que nosso som alcance um público maior, faz sentido compor nessa língua. Mas isso não significa que não valorizamos o mercado brasileiro – pelo contrário, o público daqui tem uma paixão enorme por música pesada, e isso nos motiva ainda mais, o Brasil faz parte das nossas raízes pois somos todos brasileiros na banda, não pretendemos abandonar nossas raízes nunca.
- A arte da capa foi assinada por qual profissional? Qual o significado dela?
A capa foi criada por Bruno Junges de Porto Alegre, cidade onde a banda foi gerada na sua primeira formação. Queríamos algo que refletisse a atmosfera do álbum: um universo caótico, sobrenatural e repleto de simbolismos. A imagem representa a sensação de estar “enfeitiçado”, preso entre diferentes realidades, que é um dos temas principais do disco.
- Eu gostei muito da mixagem e masterização de “Spellbound”. O que vocês podem nos falar sobre a pós-produção do disco?
Ficamos muito satisfeitos com o trabalho de mixagem e masterização. Foi um processo intenso, mas necessário para chegar no peso e na clareza que queríamos. Trabalhamos com Marcel Bitencourt e Iuri Sanson para garantir que cada instrumento tivesse seu espaço e que o álbum soasse poderoso, sem perder a vibe orgânica e suja que o Stoner Metal pede.
- “Spellbound” ganhou uma tiragem limitada em CD? Existem planos para uma produção em maior escala neste sentido?
Ainda não pelo simples fato de que como nosso modelo de negócio segue o caminho do “faça você mesmo” e não tivemos apoio financeiro de nenhuma label até agora não conseguimos imprimir nada, porém já está nos planos e em negociações avançadas a primeira tiragem de “Spellbound”, possivelmente vinil e K7 pois somos old school e acreditamos ainda no poder da mídia física.
- Como têm sido os shows desta fase da banda? O público está conseguindo assimilar o álbum?
Os shows têm sido incríveis! Sentimos que o público realmente mergulhou no álbum e já canta junto em algumas músicas. A energia nos shows está absurda, e tem sido uma experiência única tocar essas músicas ao vivo e ver a reação das pessoas.
- “Aliens of the Soul” pra mim é a melhor do CD. Imagino que foi desafiador escrever essa música que, além de complexa, tem diversos elementos bem particulares…
Essa foi, sem dúvida, uma das músicas mais trabalhosas do álbum, mas também uma das mais gratificantes de compor. Queríamos trazer uma vibe cósmica e sombria, misturando riffs pesados com momentos mais atmosféricos. A letra fala sobre a sensação de ser um estranho dentro do próprio corpo e mente, quase como se fôssemos alienígenas dentro da nossa própria existência. É uma das nossas favoritas também e ela mostra seu real poder no palco!
- Obrigado pelo tempo concedido para nós do Portal do Inferno. Mandem notícias da cena europeia, por gentileza…
Logo vamos sair na primeira perna da nossa tour do “Spellbound” que vai apssar por Portugal e Espanha, já estamos em negociação para irmos a Escandinávia e quem sabe América Latina também não aparece na tour?! Seria um prazer enorme voltar a nos conectar fisicamente com os fãs do Brasil.