No dia 5 de setembro, o Megadeth fez um show especial no Brasil, tocando na íntegra o álbum Countdown to Extinction, lançado em 1992. Para celebrar esse show, reunimos em uma matéria especial dez curiosidades sobre esse álbum, considerado um dos mais importantes da carreira da banda de Dave Mustaine e da história do Heavy Metal.

01- Countdown to Extinction foi o primeiro álbum da banda a apresentar, na maioria das canções, uma estrutura de verso/refrão. Antes dele, apenas algumas músicas, como Peace Sells ou Mary Jane, nos lançamentos anteriores tinham tal estrutura. A partir desse lançamento, isso se tornou mais comum, e virou argumento de alguns detratores da banda para acusar uma mudança de estilo para um caminho mais comercial. Por coincidência, é o primeiro de três álbuns que a banda contou com a produção de Max Norman, responsável também por alguns álbuns de Ozzy Osbourne. De acordo com Dave Mustaine, Max está aposentado da área musical.

02- Este é o lançamento de maior sucesso comercial da banda, alcançando o status de platina-dupla, o que nos Estados Unidos equivale a dois milhões de cópias vendidas. Apesar disso, o álbum não chegou a atingir a primeira posição nas paradas no seu lançamento, ficando atrás do álbum Some Gave All de Billy Ray Cyrus, pai de Miley Cyrus. Em 2004, foi remasterizado por Mustaine e relançado junto com outros álbuns da banda com faixas bônus e notas escritas por Dave.

03- A faixa título foi indicada a Melhor Performance de Metal, em 1993, no Grammy Awards, mas perdeu para Wish do Nine Inch Nails. Por outro lado, foi premiada pela Humane Society no Genesis Awards, uma premiação que reconhece pessoas da mídia que chamam a atenção do público para causas dos animais. Dessa forma, o Megadeth se tornou o único representante do Heavy Metal a figurar entre artistas como Michael Jackson e Paul McCartney a receber essa honra.

04- Mesmo considerado por muitos como um passo em uma direção mais comercial, temas políticos que sempre foram tratados por Mustaine estão nas canções de Countdown to Extinction, como ditadores, as consequências da guerra e crimes, além de políticas economicas. Temas pessoais completam o resto das músicas. A faixa título, apesar de tratar de um assunto ecológico, é por muitos considerada uma indireta a James Hetfield, conhecido pelo hábito de sair para caçadas.

05- Desse álbum foram lançados quatro singles.
Symphony of Destruction se tornou o maior hit da banda e é presença obrigatória em todos os shows, além de já ter sido regravada por diversos artistas como Nightwish, Hellsongs, Paul Di’Anno e Arch Enemy. Em suas apresentações ao vivo é sempre acompanhada pelos gritos de “Megadeth, Megadeth, aguante Megadeth!” criados pelo público argentino, considerado o mais fanático pela banda;
Sweating Bullets apresenta Mustaine interagindo com ele mesmo e apareceu em um episódio de Beavis and Butt-Head, sendo comentado pela dupla em um momento no qual Butt-Head nota a similaridade da voz de Beavis e a de Mustaine;
Foreclosure of a Dream tem como curiosidade o fato de ser o único vídeo do Megadeth em que Dave Mustaine está com cavanhaque;
Skin O’ My Teeth mostra a banda em uma apresentação ao vivo.

06- Paralelamente ao lançamento do CD, existiu um jogo de tabuleiro no estilo Banco Imobiliário em quatro versões diferentes para o single inglês de Skin O’ My Teeth, que pode ser encontrado também em um box. O objetivo do jogo é colecionar mais passes de backstage enquanto avança até o hotel.

07- Os sons no início de Symphony of Destruction são o de uma orquestra afinando seus instrumentos e um breve trecho de Offertorium, Domine Jesu Christe que está no Réquiem composto por Wolfgang Amadeus Mozart. O vídeo sofreu alguns problemas, assim como várias outras músicas do Megadeth, com a MTV americana. Apesar das exibições na íntegra na época do seu lançamento, após um tempo a cena do assassinato do político foi censurada por ser considerada ríspida. A direção do vídeo foi feita por Wayne Isham que trabalhou mais duas vezes com a banda, além de ter feito vídeos para diversos artistas como Roxette, Bon Jovi, Judas Priest e, curiosamente, diversos trabalhos com o Metallica como os DVDs Cunning Stunts e S&M.

08- Psychotron é inspirada em um personagem chamado Deathlok, um cyborgue também conhecido como Deathlok, o Demolidor, criado pela Marvel Comics em 1974. Em uma das realidades paralelas do Universo Marvel, no caso Terra-1218, Deathlok faz parte do grupo Vingadores.

Apesar de sempre aparecer em revistas de outros personagens, em 1990 ele teve uma minissérie própria de quatro edições, retornando depois em 31 edições, entre 1991 e 1994. Tanto Psychotron como Architecture of Aggression e Captive Honor jamais haviam sido tocadas ao vivo até essa turnê aonde a banda está executando o álbum na íntegra.

09- A faixa bônus do relançamento remasterizado de 2004, Crown of Worms, foi composta por Dave Mustaine e Sean Harris, do Diamond Head. A banda inglesa foi uma das pioneiras da New Wave of British Heavy Metal ao lado de Iron Maiden, e é uma das maiores influências reconhecidas do Megadeth e do Metallica. Am I Evil?, a música mais conhecida deles, costuma sempre aparecer em shows do Metallica e foi executada na gravação do DVD The Big Four – Live in Sofia, com os vocais divididos entre Hetfield, Mustaine e Belladonna.

10- O trecho “Kill a man and you’re a murderer. Kill many, and you’re a conqueror. Kill them all you’re a god!” da letra de Captive Honour é uma citação à uma frase “On tue un homme, on est un assassin. On en tue des millions, on est un conquérant. On les tue tous, on est Dieu” do biólogo, filósofo moralista e historiador francês Jean Rostand. Essa é sua frase mais conhecida e consta no livro Thoughts of a Biologist, lançado em 1938.

 

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Redação

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