Preparem-se para o mosh pit e para a wall of death, pois nesta segunda edição do Summer Breeze Brasil certamente não irão faltar durante as apresentações das bandas de thrash metal que virão ao festival.

Se na primeira edição titãs do calibre de Kreator, Testament e Sepultura representaram o estilo, nesta edição, teremos uma invasão de bandas clássicas do estilo vindas dos Estados Unidos. Duas das mais famosas e cultuadas são Anthrax e Exodus, as quais falamos aqui.

Anthrax

Foto: Jimmy Hubbard

Um dos representantes do Big 4 do thrash metal, o grupo nova-iorquino Anthrax tem 11 álbuns em sua discografia e é conhecido por performances sempre intensas e energéticas, sejam elas em grandes festivais pelo mundo ou em arenas e clubes.

Apesar de ter estourado na segunda metade da década de 80, o grupo americano teve sua primeira formação em 1981, quando cinco amigos apaixonados por heavy metal, hardcore, punk e histórias em quadrinhos, resolveram se unir para tocar. No final de 1983, já depois de fixar sua formação, Neil Turbin (vocal), Dan Spitz e Scott Ian (guitarras), Danny Lilker (baixo) e Charlie Benante (bateria) entraram em estúdio para gravar o debut, “Fistful of Metal”, que contou com clássicos como “Metal Thrashing Mad”, “Panic” e o cover de “I’m Eighteen” (Alice Cooper). O trabalho foi lançado em janeiro de 1984 e obteve críticas positivas. Porém, Danny Lilker foi substituído por Frank Bello, sobrinho de Benante, que já trabalhava como roadie da banda.

Além disso, Turbin cedeu o posto provisoriamente para Matt Fallon e, depois, chegou Joey Belladona, que fez sua estreia no EP “Armed and Dangerous” e brilhou no álbum “Spreading the Disease” (1985), ainda com o estilo mesclando o thrash, power metal e a herança da NWOBHM e que destacou a faixa “Madhouse”. Então, em 1987, o Anthrax olhou firme para o hardcore e soltou um dos maiores clássicos da história do thrash metal: “Among The Living”. O repertório destacou de imediato a faixa “Indians”, além da faixa-título, de “Caught In A Mosh” e “I’m the Law”, baseada no personagem Judge Dread, herói dos quadrinhos favorito da banda. As primeiras influências de rap da banda começam a surgir nesta época com “I’m the Man”. Lado B do single “I’m the Law”, serviu de base para o EP homônimo, que alcançou um número surpreendente nas vendagens e tornou-se o primeiro disco de ouro da carreira do Anthrax.

O lançamento seguinte foi “State of Euphoria” (1988), que obteve o 30° lugar no disputado chart Billboard 200 e conquistou Disco de Ouro nos EUA e Canadá. O repertório trouxe o single “Antisocial”, cover da banda francesa Trust, e também destacou “Be All, End All” e “Finale”. Já a faixa “Who Cares Wins” relatou a situação dos sem-teto nos Estados Unidos.

Em “Persistence of Time” (1990), o grupo novamente obteve destaque com um cover, desta vez para “Got The Time”, de Joe Jackson, além de “In My World”. Para a divulgação nos Estados Unidos, a banda fez, ao lado de Slayer e Megadeth, a primeira versão americana do festival itinerante “Clash of Titans”. Com o EP “Attack of the Killer B’s” (1991), o Anthrax não só reuniu faixas raras e versões, como novamente ousou ao se unir aos rappers Chuck D. e Flavor Flav, ambos do Public Enemy, para gravar “Bring the Noise”, que havia sido gravada alguns anos antes pelo próprio Public Enemy.

Porém, 1993 começou com o Anthrax em busca de um substituto para Joey Belladonna. A vaga ficou com John Bush, do Armored Saint, que estreou com “Sound of White Noise”. A banda mudou um pouco o seu direcionamento musical, fazendo músicas igualmente pesadas, porém mais cadenciadas, sem se preocupar com a velocidade. O single “Only” obteve destaque nas rádios e na TV com o clipe, que contou com a participação de Jon Silva, que interpretava Bob na série “Twin Peaks”. Ainda naquele ano, o Anthrax veio pela primeira vez ao Brasil e entrou nas trilhas de “O Último Grande Herói” e “Beavis and Butthead”, além do tributo ao Kiss, “Kiss my Ass”.

Depois, Dan Spitz resolveu sair e não participou de “Stomp 442” (1995), que destacou a faixa “Fueled”. Ainda sem um substituto fixo para Spitz, veio o controverso “Volume 8: The Threat Is Real” (1998). Após ter modernizado a sonoridade e perdido um pouco a atenção da mídia, a banda entrou 2003 em alta, ressurgindo com “We’ve Come For You All”, que trouxe Rob Caggiano fazendo dupla com Scott Ian nas guitarras. O álbum destacou as faixas “Safe Home”, “What Doesn’t Die”, além de “Taking The Music Back”, que conta com a participação de Roger Daltrey, do The Who.

A reviravolta veio em 2005, quando a formação “clássica” se reuniu e apresentou o álbum “Among the Living” na íntegra. Porém, após um período conturbado em que a banda contou com o vocalista Dan Nelson (ex-Devilsize) e depois trouxe de volta John Bush, veio a fase dos shows do “Big Four”, ao lado de Metallica, Megadeth e Slayer. Bush decidiu que não queria se comprometer com a banda em tempo integral e deixou o Anthrax pela segunda vez. Joey Belladonna retornou no início de 2010 e gravou os álbuns seguintes, “Worship Music” (2011) e “For All Kings” (2016), além do EP de covers “Anthems” (2013) e os DVDs “The Big Four: Live from Sofia, Bulgaria” (2010), “Chile on Hell” (2014) e “Kings Among Scotland” (2018).

Embora 2021 tenha marcado o 40º aniversário da banda, a turnê global de aniversário foi adiada para 2022 por causa da pandemia. Ainda assim, o show transmitido ao vivo saiu como um álbum ao vivo, intitulado “XL” (2022). Mais recentemente, Benante afirmou que o Anthrax tem planejado um novo novo álbum para 2024, ano em que estará no palco do Summer Breeze Open Air Brasil.

Exodus

Considerado um dos pilares do thrash metal, o Exodus surgiu na transição das décadas de 70 para 80 com uma formação pouco conhecida: Keith Stewart (vocal), Carlton Melson (baixo), Tim Agnello e Kirk Hammett (guitarras) e Tom Hunting (bateria). Em pouco tempo, ocorreu uma debanda geral: Gary Holt foi para o lugar de Angnello, o saudoso Paul Baloff substituiu Stewart e Geoff Andrews ficou com o baixo.

Assim, gravaram uma demo de três faixas em 1982, único registro com Hammett, que foi para o Metallica, e com Andrews, que cedeu o posto a Rob McKillop. “Eu sempre quis tocar. Foi Kirk quem me ensinou os primeiros acordes e seis meses depois eu estava na banda. Ele me mostrou como montar os acordes, alguns licks e eu aprendi realmente rápido”, recordou Holt em entrevista à revista Roadie Crew.

O quinteto depois se estabilizou com Paul Baloff (vocal), Gary Holt e Rick Hunolt (guitarras), Rob McKillop (baixo) e Tom Hunting (bateria) e seguiu fazendo shows até que, em meados de 1984, já tinha gravado seu álbum de estreia, “Bonded By Blood”. Ainda que certa frustração tenha abatido a banda com o atraso no lançamento do disco, que só saiu no ano seguinte, os rumos do heavy metal foram abalados e “Bonded By Blood” se tornou referência para o então novo estilo praticando na Bay Area: o thrash metal.

O Exodus seguiu sua carreira passando por diversas outras mudanças de formação, mas sempre gravando álbuns de impacto, como “Pleasures of the Flesh” (1987), “Fabulous Disaster” (1989), “Impact Is Imminent” (1990), “Tempo of the Damned” (2004), “Blood In, Blood Out” (2014) e “Persona Non Grata” (2021), todos estes com o vocalista Steve “Zetro” Souza. Zetro veio do Legacy, que originou outro grande nome do thrash americano, o Testament, que esteve presente na primeira edição do Summer Breeze Open Air Brasil.

Alguns outros trabalhos da banda, incluindo “Shovel Headed Kill Machine” (2005), “The Atrocity Exhibition… Exhibit A” (2007) e “Exhibit B: The Human Condition” (2010) tiveram a presença do vocalista Rob Dukes.

De fato, quando as pessoas procuram por informações sobre as origens do thrash metal da Bay Area de São Francisco, duas bandas são sempre citadas: Exodus e Metallica. Ambas contavam com músicos que idolatravam a New Wave Of British Heavy Metal. “Gostávamos das mesmas bandas, mas cada um tinha a sua preferida. O Metallica pegou muito do Diamond Head, mas as nossas favoritas da época eram Angel Witch, Venom e Mercyful Fate. Porém, obviamente, não devemos deixar de dar crédito para bandas dos anos 70, como Black Sabbath, Judas Priest e Motörhead. No caso do Exodus, ainda tínhamos algo do punk/hardcore, especialmente do Discharge. E assim foi criado o thrash metal”, detalhou Gary Holt, único integrante a constar em todos os lançamentos desde “Bonded By Blood” e responsável por alguns dos mais conhecidos e saudados riffs do thrash metal.

Steve “Zetro” Souza (vocal), Gary Holt e Lee Altus (guitarras), Jack Gibson (baixo) e Tom Hunting (bateria). Este é o time que irá mostrar o que é thrash metal no palco do Summer Breeze Open Air Brasil. “Eu nem sei quem começou com o termo thrash metal, mas muito disso veio do próprio público, que agitava demais nos shows, e a coisa realmente pegou”, observou Holt, certo de que tanto os fãs da velha guarda quanto os mais jovens seguem com a mesma empolgação ao ver o Exodus ao vivo.

Sobre o Summer Breeze Brasil

A segunda edição do Summer Breeze Open Air Brasil ocorre nos dias 26, 27 e 28 de abril de 2024 no Memorial da América Latina, em São Paulo (Av. Mário de Andrade, 664 – Barra Funda – São Paulo, SP – ao lado do terminal rodoviário e das estações de trem e metrô).

Line-up e horários das apresentações

Os ingressos podem ser adquiridos em https://www.clubedoingresso.com/evento/summerbreeze2024

VALORES
SUMMER CARD* (3° lote)- R$ 1.150 (inteira) e R$ 575 (meia-entrada)
SUMMER CARD SOCIAL* (3° lote) – R$ 650
SUMMER CARD PASS* – 3 dias (2° lote) – R$ 3.300 (inteira) e R$ 1.650 (meia-entrada)
SUMMER LOUNGE CARD* (2° lote) – R$ 750 (necessário ingresso de acesso ao evento)
SUMMER LOUNGE PASS* – 3 dias (2° lote) – R$ 2.100 (necessário ingresso de acesso ao evento)

*TIPOS DE INGRESSOS

SUMMER CARD

Ingresso que dá acesso à todas as áreas e atividades do festival por um único dia, exceto ao Summer Lounge e suas propriedades exclusivas (credenciamento e entrada privativas, bares e banheiros privativos, front row nos palcos Hot & Ice, apoio de bar nos palcos principais).

SUMMER CARD SOCIAL

Ingresso que dá acesso à todas as áreas e atividades do festival por um único dia, exceto ao Summer Lounge e suas propriedades exclusivas (credenciamento e entrada privativas, bares e banheiros privativos, front row nos palcos Hot & Ice, apoio de bar nos palcos principais) – disponível para todo o público mediante doação de 1kg de alimento não perecível.

SUMMER CARD PASS
Ingresso que dá acesso à todas as áreas e atividades do festival nos três dias do evento, exceto ao Summer Lounge e suas propriedades exclusivas (credenciamento e entrada privativas, bares e banheiros privativos, front row nos palcos Hot & Ice, apoio de bar nos palcos principais).

SUMMER LOUNGE CARD

Ingresso que dá acesso à área premium do festival, por um único dia, que contará com espaços e serviços exclusivos.

Para aproveitar as comodidades do Summer Lounge é necessário adquirir separadamente o ingresso do festival e somente depois adicionar à sua compra o ingresso de acesso ao Lounge.

Serviços Exclusivos do Summer Lounge:
– Localização privilegiada na praça principal de shows;
– Serviço de Open Bar com água, sucos, refrigerantes, energéticos, cerveja, vodka, whiskey, gin e muito mais;
– Serviço de Open Food com snacks durante todo o dia além de almoço e jantar;
– Front Row nos palcos principais (Ice & Hot) com apoio de bar com água, refrigerantes e cerveja;
– Banheiros exclusivos no front row dos palcos Hot e Ice;
– Credencial do festival – para guardar na lembrança esse momento inesquecível;
– Portão de Acesso Exclusivo – os clientes Summer Lounge terão um portão de acesso ao festival para chamar de seu com acesso direto à área de shows e muito próximo da entrada do Lounge.

A entrega das pulseiras de acesso e credencial do festival será realizada diretamente no local do evento, no portão de acesso ao Lounge sem necessidade de retirada ou troca antecipada.

Todas as áreas do Lounge são acessíveis a PCD.

SUMMER LOUNGE PASS

Ingresso de acesso à área premium do festival, para os três dias do festival, que contará com espaços e serviços exclusivos.

Para aproveitar as comodidades do Summer Lounge é necessário adquirir separadamente o ingresso do festival e somente depois adicionar à sua compra o ingresso de acesso ao Lounge.

Serviços Exclusivos do Summer Lounge:
– Localização privilegiada na praça principal de shows;
– Serviço de Open Bar com água, sucos, refrigerantes, energéticos, cerveja, vodka, whiskey, gin e muito mais;
– Serviço de Open Food com snacks durante todo o dia além de almoço e jantar;
– Front Row nos palcos principais (Ice & Hot) com apoio de bar com água, refrigerantes e cerveja;
– Banheiros exclusivos no front row dos palcos Hot e Ice;
– Credencial do festival – para guardar na lembrança esse momento inesquecível;
– Portão de Acesso Exclusivo – os clientes Summer Lounge terão um portão de acesso ao festival para chamar de seu com acesso direto à área de shows e muito próximo da entrada do Lounge.

A entrega das pulseiras de acesso e credencial do festival será realizada diretamente no local do evento, no portão de acesso ao Lounge sem necessidade de retirada ou troca antecipada.

Todas as áreas do lounge são acessíveis a PCD.

Obs: Crianças acima de 2 anos pagam meia entrada.

PONTO DE VENDA OFICIAL
Consulado do Rock – Galeria do Rock
Av. São João, 439 – Loja 234
Centro – São Paulo – SP
Segunda a sexta-feira das 10h30 às 17h30
Sábado das 10h30 às 16h30

Pagamento somente com cartões de débito, crédito e PIX (QR Code)

Mais informações:
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