O forte calor dentro do Pavilhão do Anhembi não foi suficiente para espantar uma leva de camisetas pretas que se juntaram na frente do Palco Principal da Campus Party Brasil para ver a palestra de Bruce Dickinson, vocalista do Iron Maiden.
Foto: Yuri Murakami
Foto: Yuri Murakami
Sem nenhum “scream for me Campus Party” e nem papas na língua, como sempre, Bruce falou durante uma hora sobre empreendimentos, traçando paralelos com a indústria musical e citando a criatividade e importância da relação com os fãs. Como exemplos, citou a Apple que possuía uma legião de fãs que, de forma praticamente religiosa, a seguiam, mas que devido a certas controversas, ideias recentes como os Apple Maps e os novos iPhones, teve um abalo nessa relação. Falou sobre mercados de nichos como celulares que apenas ligam e mandam mensagem e cujas baterias duram dias.
Foto: Yuri Murakami
Foto: Yuri Murakami

Foi aplaudido quando, citando outro exemplo de relacionamento, disse que era uma ideia errada a das gravadoras e de certos artistas de processarem os fãs já que “eles baixavam suas músicas porque os amavam”. E contou que, a partir desse momento, o Iron Maiden procurou outras formas de renda, como camisetas, expandir os shows utilizando um avião próprio para se locomover e transportar equipamentos mais facilmente e, recentemente, lançando sua própria cerveja. Afinal, como ele disse “imagine se cada pessoa que faz download de algo nosso pudesse comprar algo? O que elas fazem quando escutam nossa música? Bebem cerveja!”

A Campus Party segue até o dia 2 de fevereiro no Pavilhão do Anhembi com ingressos esgotados, porém conta com uma área aberta ao público com estandes de fabricantes como Intel, lojas como o Submarino e estandes de startups.