Rio de Janeiro em véspera de feriado sempre ferve, esse ano foi ainda mais quente pro público Headbanger do estado, pois receberíamos de novo o Megadeth, banda essa que dispensa apresentações né, capitaneada por ninguém menos que Dave Mustaine e David Ellefson, mas hoje turbinada pelo Brazuca Kiko Loureiro(ex-Angra) e pelo sueco Dirk Verbeuren(ex-Soilwork) e contando com o Vimic, banda do fundador e ex-Slipknot Joey Jordison. As bandas se apresentariam em uma casa linda, o Vivo Rio, localizado no Aterro do Flamengo, clássico bairro Carioca, o local escolhido foi mais que perfeito, a estrutura do Vivo Rio é maravilhosa e, tanto as áreas internas, como as externas são lindas e valorizam não somente o loca que a casa se encontra, mas também qualquer evento que ocorrer lá, belíssima escolha.
Mas vamos nessa, pois o evento foi perfeito, infelizmente ao chegar na casa o show do Vimic já tinha começado e mesmo assim tentei assistir um pouco e vou confessar que não me agradou muito e vejam que eu sou fã de Metal Moderno e com muito mais groove do que o normal, mas a banda de Joey Jordison, que ainda conta com o lendário Jed Simon(Strapping Young Lad, Devin Townsend) nas guitarras, não convenceu nem a mim e nem ao público presente, a movimentação de palco deles era boa, mas a música entregue não dizia nada nem pra mim e nem pra maioria das pessoas presentes no show, boa movimentação, mas música em si, nada. Bem, espero que o Joey retorne ao Brasil com seu projeto mais extremo, o Sinsaenum, esse sim eu tenho certeza que muitos gostariam de ver.
Bem, depois disso, aquela pausa clássica, um pulo na varanda da casa, com uma bela vista para o Aterro, bairro lindo e de charme incrível da cidade e voltamos ao local do palco, aonde acabavam de arrumar tudo para a subida do clássico Megadeth e meus amigos, aquilo sim é uma apresentação de respeito hein. Posso falar que, pelo set escolhido pela banda, eles souberam jogar, tocaram grandes músicas, clássicos, eu diria que eles apostaram na Seleção do Megadeth para fazer um belo show e não deixar nada a dever, mas com o time que Mustaine e Ellefson vem capitaneando, é muito difícil de dar errado né. E assim foi, logo depois de uma curta introdução, eles começam o show já mostrando a clássica “Hangar 18” e todos nós já explodimos, ainda mais uma galera que, com uma certa “ajuda”, tiveram a honra de ver 3 músicas do set inicial da banda do lado dos caras, no palco, delirando né, se estivesse na mesma situação estaria também, tenham certeza, imagina, você ver o Mustaine tocando pertinho de você, qualquer fã piraria.
Kiko Loureiro está completamente integrado ao Megadeth cara, o malandro está soltinho e esbanjando técnica e presença de palco, correndo de um lado pra outro, o baterista Dirk Verbeuren mostrando pra todos o porque do interesse pelo cara, que baterista senhores e isso era somente o começo de pouco mais de uma hora e meia de apresentação da banda.
Logo depois a épica abertura, vamos com “The Threat Is Real”, música que faz parte do “Dystopia”, último disco do Megadeth e que já conta com o Brasileiro nas guitarras, a música é maravilhosa mente bem recebida por todos no local e meu amigo, o show vai seguir com um desfile de belos sons e clássicos: “In My Darkest Hour”, a maravilhosa “Take No Prisoners”, “Trust” que foi um sonzaço ao vivo.
A balada “A Tout Le Monde” nem preciso comentar que foi aquele momento “isqueirinho”, como eu, estava circulado de boas pessoas, abrace a elas e cantamos, uns choraram e o show foi que foi lindo, “Tornado Of Souls” veio com tudo e até o momento que nosso querido Mustaine anuncia Dystopia, música que fez a banda ganhar seu primeiro Grammy e tenho que destacar uma coisa sobre, acho que foi impressão de todos no local, mas o cara depois que começou a conviver com um Brasileiro ficou muito mais simpático e falante em palco, ponto pra ele, pois fez o show que já estava bom, ficar ainda melhor, simpatia é sempre bom e depois vamos com mais um clássico: “Mechanix”, aquele som que os outros chamam de “The Four Horsemen”, sabe, então, vamos ouvir com o original e nessa música amigos, terei de ser sincero, as imagens do telão que o Megadeth colocou me conquistaram, pois foi uma coletânea de imagens da Nascar sensacionais, vitórias, curvas em velocidade, brigas, acidentes e esse que vos escreve sendo um fã de automobilismo, se prendeu naquela loucura né, mas ainda viu a banda se movimentando bem em palco e lógico, “MEGADETH, MEGADETH, SOU FÃ DO MEGADETH!!” Symphony Of Destruction caiu bonito pra gente, esse coral é sensacional, nunca nos cansaremos de berrar isso nos riffs desse clássico.
Depois delas, ficamos por duas músicas do final e não é preciso ser um grande adivinho pra saber que, pra fechar o show eles viriam com mais dois clássicos e assim foi feito né: “Peace Sells… But Who´s Byuing” e o Hino, aquela que se eles não tocam dá até quebra-quebra: “Holy Wars”. Fechamento maravilhoso de uma noite perfeita, acabando o show em um bom horário para todos voltarem em segurança, véspera de feriado lindo na cidade Maravilhosa do Metal, obrigado Mustaine e Cia, vocês nos fizeram muito felizes!
Também quero agradecer ao Vivo Rio por confiar em nosso trabalho e fazer possível essa cobertura. E que venham mais shows do Mustaine para que possamos ouvir ainda mais “Mercy killings, killings, killings, killings, killings”!!