Sexta feira à noite o Vivo Rio, casa linda no Flamengo, com uma estrutura incrível recebeu a mais recente tour do Dream Theater, que engloba o Distance Over Time e a comemoração de 20 anos de lançamento de um dos mais clássicos discos da banda, o Metropolis Pt. II – Scenes From a Memory, esse que é o primeiro registro conceitual da banda, que conta a história de Nicholas e seu tratamento hipnoterapêutico de regressão, uma história linda e que merecia ser tocada em completo ao vivo, pois as músicas, meus amigos leitores, vocês que conhecem sabem do que estou falando.
Mas vamos lá, casa cheia no Rio de Janeiro(fiquei feliz em ver isso) e o show, que teve suas 3 horas de duração(alguns irão falar que estou escrevendo esse texto no final do mesmo, mas já acabou, acreditem…), começou pontualmente às 21:30hr, o que levou o público ao delírio e no primeiro ato do show(sim, foi dividido em atos) a banda focou a sua apresentação em alguns clássicos e as músicas de seu último lançamento.
A primeira música foi “Untethered Angel”, do Distance Over Time, música que também abre o disco e ela é incrível ao vivo hein, a banda mostra o porquê merecem todo o respeito necessário, James LaBrie(vocal), John Myiung(baixo), John Petrucci(guitarra), Jordan Rudess(teclados) e Mike Mangini(bateria), que banda, os caras não erram em nada, NADA e uma das coisas que eu tinha medo, a voz de James LaBrie, só que, eu fiquei de cara, o malandrinho está cantando para um c*++.#$%, e que presença de palco a dele.
Depois dessa, viemos com “A Nightmare To Remember”, do disco Black Clouds & Silver Linings e vou falar, que peso hein, o Dream Theater estava com uma sonoridade absurda, com um peso, literalmente fora do comum. Uma coisa que não vou comentar é sobre a execução, tenham uma certeza: ELES NÃO ERRAM!!
O Dream Theater é uma banda que não erra, não interessa se o andamento X na música é complicado pra gente que ouve, vendo esses cinco caras em palco executando, parece fácil. Sabendo disso, vamos continuar com as músicas, que depois dessa veio Barstool Warrior, também do último disco lançado e ela, como a faixa de abertura, funcionam muito bem ao vivo. In The Presence Of Enemies Pt. 1, do Systematic Chaos também foi executada e a música vai mantendo o show alto e fechando o primeiro ato, Pale Blue Dot encerra essa parte do show.
Temos uma parada de mais ou menos 20 minutinhos pra tanto banda como público descansarem, aquela corrida ao banheiro, comprar mais umas cervejas, conversar com os amigos do que estava acontecendo e a luz do Vivo Rio se apagam de novo e: CLOSE YOU EYES AND BEGIN TO RELAX. Chegou o momento que todos nós esperávamos.
O telão que a banda montou começou a passar o vídeo referente a Scene One: Regression, dando início à viagem incrível pela história de Nicholas em sua regressão, de como mudaria sua forma de ver a vida, o espírito e tudo em seu redor. Ali começara momentos de forte emoção com o Metropolis Part II: Scenes From a Memory sendo executado em sua íntegra. Como eu disse acima, nem preciso falar de execução né, mas porra, ver músicas como Strange Déjà Vú, Fatal Tragedy, Home, Through My Words e Throught Her Eyes, Dance Of Eternity e The Spirits Carries On foi simplesmente incrível!! Emocionante em todos os níveis e os vídeos que foram apresentados no telão, feitos por Wayne Joyner, ficaram incríveis!!
As animações de ar “noir” do artista nos fizeram acompanhar com maestria toda a história de Nicholas, Victoria e todo o entorno nessa incrível história, finalizando em Finally Free, com o ciclo se fechando e a banda escolhe At Wit´s End, do Distance Over Time, para encerrar a sua apresentação.
Foram 3 horas de um show ímpar, incrível e se eu posso deixar uma reclamação, é somente uma: mermão, que montagem de bateria HORROROSA o Mike Mangini escolhe, com os pratos e algumas peças altas pra caramba, até parece que poderia atrapalhar o pulso da banda, mas não, o cara manda muito bem, mas que, essa montagem de bateria dele é feia, nossa senhora, horrorosa!!
Uma noite que todo o “Progger” curte: músicos excepcionais, músicas incríveis, todos os timbres na medida perfeita, os músicos mostrando o porquê eles são quem são, referências para muitos e mais do que merecido, uma noite que eu demorarei a esquecer. Obrigado sempre a Liberation por confiar em nosso serviço e ter garantido o credenciamento para esse evento e ao Vivo Rio por ser uma casa linda e tratar sempre bem os jornalistas.
Foto por Daniel Croce