Os gregos do Rotting Christ, um dos maiores expoentes do metal extremo da atualidade, desembarcaram no Brasil em março para uma considerável sequência de shows, que começou no dia 8, em Natal, passou por Fortaleza, chegou ao tradicional Hangar 110, em São Paulo, para depois seguir ainda por Joinville, São Bernardo do Campo, Rio de Janeiro e Porto Alegre. Longe dos palcos paulistas desde 2006 (quando se apresentaram no extinto Arena Metal, em Osasco), e após pelos menos dois cancelamentos de shows por aqui, os fãs da cidade finalmente puderam revê-los no último domingo.

Rotting Christ

Antes do tão aguardado show dos gregos, tivemos na abertura do evento a apresentação de duas bandas paulistas. A primeira foi o Malediction, da cidade de Suzano. Formado por Fernando Iser (vocais e guitarra), Bruno Ian (baixo) e Azabua (bateria), o trio mostrou ao público que ainda ia chegando ao Hangar o seu potente death/black metal, tocando as músicas de seu primeiro trabalho Innoculation, que foi finalmente lançado no ano de 2011, após a banda já ter lançado várias demos.

Malediction

Na sequência, vieram os já veteranos do Vulcano, de Santos. Considerado um dos maiores nomes, e muito provavelmente o pioneiro do metal extremo nacional, o grupo foi fundado em 1981 e já possui sete trabalhos de estúdio, sendo o último deles Drowning In Blood, lançado em 2011. O quinteto é formado atualmente por Luiz Carlos Louzada (vocais), Zhema Rodero e Fernando Nonath (guitarras), Carlos Diaz (baixo) e Arthur Von Barbarian (bateria), sendo Zhema o único membro da formação original.

Durante cerca de uma hora, o experiente e bastante competente quinteto colocou todo mundo pra banguear ao som de clássicos como Dominios of Death, Death Metal, Bloody Vengeance e Ready To Explode, todas do primeiro disco (de 1986) e outras mais recentes, como The Gates of Iron, From The Black Metal Book e Awash In Blood. Para encerrar, mandaram ainda uma trinca só com suas músicas cantadas em português: Total Destruição, Guerreiros de Satã e Legiões Satânicas, que fecharam de forma grandiosa a apresentação. Palmas mais do que merecidas ao final para essa banda que possui mais de 30 anos de história e de muitos serviços prestados ao metal brazuca.

Vulcano

Após um intervalo de aproximadamente meia hora, eis que finalmente chegava o momento do tão esperado show do Rotting Christ. Por volta de 21h30, a intro Sono L’Antichristo, da cantora americana (de pais gregos) Diamanda Galas tem início e, um a um, os músicos entram no palco. O grupo, formado em Atenas, na Grécia, em 1987, e que acaba de lançar seu 11º disco, Kata Ton Daimona Eaytoy, é na verdade formado apenas pelos irmãos Sakis Tolis (vocais e guitarra) e Themis Tolis (bateria), porém trouxeram para auxiliá-los nesta turnê George Emmanuel (guitarra) e Vagelis Karzis (baixo e backing vocals).

Ao som de Forest of N’Gai, do primeiro EP do grupo, que o “massacre” começou. Sem muita conversa e praticamente sem deixar a galera respirar, seguiram com Athanati Este, com a faixa-título do recém-lançado álbum, que apesar de ainda não muito conhecida, foi muito bem recebida pelo público, e com Nemecic. Vieram então alguns clássicos da já extensa carreira dos gregos, e todo muito agitou muito junto com King of A Stellar War, The Sign of Evil Existance e Transform All Suffering Into Plague, além da ótima cover para Societas Satanas, do Thou Art Lord.

Rotting Christ

Depois de mais uma intro, voltaram com a nova e também muito boa In Yumen-Xibalba, e seguiram com mais alguns clássicos, como não poderia deixar de ser. A sempre muito aguardada Non Serviam foi um dos destaques da noite e, consequentemente, uma das que mais empolgou. Mas The Sign of Prime Creation, Phobos Synagogue e Noctis Era não ficaram muito atrás.

A banda então saiu do palco por alguns minutos, e logo retornou com Archon e um poderoso medley, com trechos de Exiled Archangels, Fgmenth Thy Gift, Shadows Follow e The Fifth Illusion. Então, encerraram essa grande noite de metal extremo com Gloria In Domino Inferni. Uma verdadeira aula do estilo, e que certamente não decepcionou quem esteve presente (e praticamente lotou) o Hangar 110.

Se você é aqui de São Paulo, não foi ao show e se arrependeu, ainda tem mais uma chance. Na próxima sexta-feira, dia 15 de março, a banda se apresenta no Rock Club, em São Bernardo do Campo.

Setlist Malediction:

Malediction
Decaptation
Innoculation
Portal
Dagon
Opposite
Christ In Flames
Virgin Forest
Valley of Nocturnal Spectres
Ancient Demons Arise
Blackened Hordes Victory
When Planets Collide

Setlist Vulcano:

Intro – Satanic Legions
Witche’s Sabbath
Dominios of Death
Awash In Blood
Devil’s Forces
They Sold Their Souls
Death Metal
Bloody Vengeance
Ready To Explode
Gates of Iron
From The Black Metal Book
Total Destruição
Guerreiros de Satã
Legiões Satânicas

Setlist Rotting Christ:

Sono L’Antichristo (Intro)
Forest of N’Gai
Athanati Este
Kata Ton Daimona Eaytoy
Nemecic
King of a Stellar War
The Sign of Evil Existance
Transform All Suffering Into Plague
Societas Satanas (Thou Art Lord cover)
Middle Intro
In Yumen Xibalba
Non Serviam
Welcome To Hel
The Sign of Prime Creation
Phobos Synagogue
Eon Aenaos
Noctis Era

Bis:
Archon + Medley (Exiled Archangels / Fgmenth Thy Gift / Shadows Follow / The Fifth Illusion)
Gloria In Domino Inferni

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Escrito por

Redação

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