Ontem, no quente domingo Carioca, o Circo Voador recebeu a History Tour, uma tour em comemoração aos 35(ou 36) anos do Stryper e ainda tivemos como abertura o Narnia e essa banda, ah meus amigos, essa banda…

Vale lembrar que, com os problemas que estavam acontecendo, o Tourniquet, que seria uma das bandas, cancelou a sua vinda ao Brasil, lembrando disso, segue pro domingo.

Bem, vamos começar com o pequeno atraso que teve na abertura da casa, nada muito pesado, atrasou uma horinha, mas tudo bem, eu cheguei “na marca do pênalti” no Circo Voador e eu fui surpreendido com uma grande fila, dando uma volta, aí vem o pensamento: Uau, que legal, teremos casa cheia. Ledo engano. Infelizmente tivemos um Circo Voador bem vazio, coisa essa que eu sempre reclamo dos show por aqui, mas como estive conversando com um pessoal ontem, clássico do Rio.

Mas vamos aos shows e depois de portões abertos, vermos o pessoal do Narnia finalizando a passagem do som, a banda entrou em palco, por volta de 20:00hrs o Narnia entra em palco e vem com tudo. A banda, formada por Christian Rivel-Liljegren (vocal), Carl Johan Grimmark (Backing vocal e guitarra), Andreas Johansson (Bateria e percussão), Jonatan Samuelsson (Baixo) e Martin Härenstam (Teclado) entraram em palco entraram com A Crack In The Sky, indo bem até, o show parecia indo bem, em Sail Around The World e em The Mission, o vocalista do Narnia deu um agudo que eu fiquei até assustado, boquiaberto mesmo, mas aí, logo depois veio um problema, logo no momento que o Narnia começava a me conquistar, percebemos um problema que tem sido, infelizmente, recorrente no mundo da música: PLAYBACK. E pra isso, vamos conversar um pouco.

Eu particularmente não sou contra bandas que usem backtracks em alguns momentos do show, com efeitos, orquestrações e afins, mas, você perceber que o vocalista está sendo “mandrake” é feio e isso acabou me deixando completamente triste com o Narnia, daí pra frente, todo o show pra mim estava comprometido, momentos como em Reaching For The Top e Long Live The King tinham perdido completamente o valor, mas o simpatico vocalista Christian Rivel-Liljegren tirou a paramenta do show e colocou uma blusa da Seleção Brasileira, em clara homenagem ao público, foi legal em ver. No mais, o show do Narnia tinha tudo pra mudar, pelo menos a minha percepção da banda, mas manteve bem negativa, uma pena. Tenho certeza que muitos curtiram, pois depois do show, a banda foi pra área aonde estava o “merch” da tour e fez um “Meet & Greet” com qualquer um que chegasse lá, como a música não me agradou, nem me cocei em ir falar com os caras, no mais, Narnia pra mim, saldo negativo e bem caído.

Passa um tempo, aquela arrumada no palco, vem o pedestal do Michael Sweet e seu 777 nele, uma clássica parede de Marshall surge no palco do Circo Voador e vem a introdução e ao som de “Glory, Glory, Hallellujah”, o Stryper começa a entrar em palco e de cara eles abrem o show com o clássico “Soldiers Under Command” e aí sim amigos, aí sim hein, um som perfeito, você ouvia tudo com uma clareza ímpar, as guitarras de Michael Sweet e Oz Fox, o baixo de Perry Richardson estavam perfeitos, mas a baterista Robert Sweet estava com uma pressão naquele kit de Bateria, nossa, que coisa linda, que pressão e precisão de bateria, perfeito demais!!

Um momento interessante do show do Stryper, algum fã levou um livro, com um recado ao Michael Sweet, pedindo ao mesmo que o autografasse, Michael perguntou a ele: “Assim, aqui, agora? Tem uma caneta?? HAHA” O fã tinha a caneta presa no livro e Michael assinou na boa, fazendo todos baterem palmas e ele ainda brincou: “Estou aqui tem tempo e sempre autografo discos, mas livro é a primeira vez.” Ponto pro Michael Sweet e sua simpatia.

Pra quem curte Stryper, não pode reclamar em nada do show de ontem, músicas como “Calling On You”, “Free”, “More Than a Man”, essa com a adição da guitarra do Tour Manager Brasileiro, Mike Kerr, que tocou pra caramba e vale lembrar que, se a parede sonora de guitarras estava já absurda, com a adição da guitarra do Mark em “More Than a Man” deixou a pressão ainda maior.

O vocal do Michael Sweet estava um show a parte, como canta bem!! Fiquei impressionado com a performance dele nas músicas da banda e até mesmo, no cover de Firehouse(All She Wrote), que foi tocada, já que o baixista, Perry Richardson foi da banda por um longo tempo e agora está com o Stryper.

Depois veio aquele momento de uma balada linda, “Honestly” e mais clássico, “In God We Trust” e “Always There For You” são tocadas, com uma galera insandecida cantando(e isso foi durante todo o show), aí a banda viria com músicas do seu mais recente disco, o “God Damn Evil”, tivemos “Sorry”, boa música ao vivo, “Yaweh” vem depois e fechamos a primeira parte do show com “Sing Along Song”.

Aquela pausa dramática e vem o BIS, que já começa com “The Valley”, música do mais recente God Damn Evil e como não poderia faltar em um show, clássico que é clássico encerra o set e não foi diferente com o Stryper, a maravilhosa “To Hell With The Devil” colocava um ponto final nessa apresentação incrível que o Stryper nos proporcionou na noite de ontem, com boa música deles, com simpatia, com um som perfeito para a banda que o Stryper é, showzaço.

Quero finalizar essa cobertura agradecendo sempre a confiança da EV7Live em nosso trabalho e desejando rever o Stryper em outra tour, pelo Rio de Janeiro, por favor.