Por: (Arte Metal)
Formada em 2008 por músicos experientes do cenário metálico carioca, a banda Vociferatus esperou três anos para soltar um full-lenght e mesmo antes disso conseguiu marcar território no cenário underground nacional. Afinal, quando lançou o EP Blessed by the Hands of Flames (2011), a banda provou de vez ao que veio.
A espera por um lançamento completo valeu à pena, afinal temos uma banda que sabe dosar cada elemento que incorpora na sua sonoridade. Sonoridade essa que tem foco no Death e no Black Metal, gerando uma música extrema, encorpada e muito bem estruturada.
Comecemos pelas mudanças de ritmos que procuram casar com as leves doses de melodias impostas, o que dá um grande diferencial às composições da banda. Tudo contendo uma agressividade assustadora por parte das linhas vocais de Pedrito Hildebrando.
As guitarras de Luiz Mallet e Filipe Lima mostram uma versatilidade e variedade de riffs fora do comum, além de solos bem dosados e encaixados. E ainda tem a bateria de Augusto Taboransky que parece uma britadeira e é acompanhada com consistência pelo baixo de Lucas Zandomingo.
A banda não para por aí e incrementa à sua música percussão e elementos da música oriental que deram certo ‘punch’ ao disco, além de mostrar que o leque aqui não está fechado e que ousadia os atraem. Tudo com uma ótima produção a cargo de Luiz Freitag e Jon Marque, lembrando que a masterização foi feita no GrindHouse Studios, na Grécia, por George Bokos (ex-Rotting Christ).
Faixas como Blood Runs over Bayt Lahm, Storms Are Mine, Mortenkult e a melancólica (isso mesmo!) Where Hope Dies são os grandes destaques do trabalho, que ainda conta com participação de Tal, vocalista do grupo canadense Cryptik Howling. Estreia mais que aprovada!
Nota: 9,0
Tracklist:
- Eloi, Eloi, lama sabachthani
- Blood Runs over Bayt Lahm
- The New Opposition
- Storms Are Mine
- Terrível Coisa é Cair nas Mãos do Deus Vivo
- Mortenkult
- Chaos Legions Battlefront
- Where Hope Dies
- Amenti
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