
– O que significa o nome EMBER BRICK?
O nome Ember Brick, vem a partir de algumas referências, a principal, é a árvore que atribui o nome da nossa nação, o Pau-Brasil, ou em inglês Ember Wood, junto do peso, do heavy metal operário, o tijolo, Brick. Além disso, referenciamos nossa maconha prensada, “brick weed”, como critica a política de estado de combate e criminalização da Cannabis, ultrapassada e incoerente, força a nossa população a consumir maconha prensada, de baixa qualidade e contaminada.
– “Ember Brick” é o terceiro álbum de vocês, como ele vem sendo recebido pela imprensa e fãs?
Nosso novo álbum tem sido muito bem recebido, temos cativado público novo, e satisfeito os que já conheciam nosso som. Nosso maior desafio tem sido alcançar novos ouvidos.
– Quais as principais diferenças que vocês enxergam em “Ember Brick” com relação aos seus antecessores?
Nesse disco, encontramos um conforto em explorar estéticas que se distanciam mais do Stoner/Doom tradicional, além de estarmos mais experientes, e com maior domínio de nossas ferramentas. Outro fator que acredito ter alterado (para melhor) o resultado desse disco, é que tivemos muito mais tempo para gravar, do que os anteriores. Nossa demo (“Flying Money Machine”) foi gravada em uma tarde, no estúdio improvisado no quintal de um amigo nosso. Nosso primeiro disco de estúdio (“Smoke Some Bricks”) foi gravado e mixado em 4 dias. Já este disco, tivemos 2 semanas no mitológico estúdio do Lisciel (o “Forest Lab) podendo, pela primeira vez, dar o “acabamento” que as composições merecem.
– “Ember Brick” possui músicas muito fortes, e todas em inglês. Porque vocês preferiram seguir por este caminho? Vocês não almejam o mercado nacional?
Com certeza, almejamos o mercado nacional. Afinal somos brasileiros, e aqui moramos e vivemos. Em relação a ainda não termos gravado nenhuma composição em Português, não é algo que pretendemos manter, nossos próximos materiais trarão composições que mesclam o Português e o Inglês e também letras completas em Português.
– A arte da capa foi assinada por qual profissional? Qual o significado dela?
A capa do disco, é de autoria de nosso amigo, e colega, Lucas Klepa, vocalista e baixista da banda Red Mess, que saiu do interior do nosso Paraná e está atualmente em Berlim. A arte faz alusão a faixa “Stone of Freedom”, música que conta em sua letra o épico embate entre Davi e Golias, advindo da teologia judaico-cristã.
– Eu gostei muito da mixagem e masterização de “Ember Brick”, o que vocês podem nos falar sobre a pós produção do disco?
Sobre a mixagem, produção e pós produção do disco. O disco foi gravado e mixado de forma 100%, total e completamente analógica, pelo mestre Lisciel Franco, no Forest Lab Studio. A gravação, consistiu basicamente, em gravarmos baixo, guitarra e bateria simultaneamente, na fita, com equipos valvulados e analógicos. E o vocal, gravado posteriormente, algumas faixas também contam com dobras de guitarra (takes que foram feitos, assim como os vocais, posteriores a essa base de guitarra, baixo e bateria simultâneos).
Além disso, uma curiosidade desse disco, é que tivemos a oportunidade de utilizar o famigerado alto-falante dos orgãos Hammond, também conhecida como caixa Leslie. Que é basicamente, um falante que roda dentro da caixa, criando assim, um efeito de distorção. Muito bem utilizado em músicas como “Planet Caravan” do Black Sabbath. Duas faixas contam com esse equipamento, sendo elas “The Cave” (o grito desesperado entre os refrões), e nos vocais de “Icarus” a última faixa do álbum.
– “Ember Brick” ganhará uma tiragem limitada em CD? Existem planos para uma produção em maior escala neste sentido?
O CD fisico, já estará disponível para pré-venda até dia 11/07, no site https://benfeitoria.com/projeto/emberbrick , e depois dessa data uma tiragem limitada estará disponível no site do Lambrequim Cultural.
Também, existem planos para uma tiragem maior de CDS, através da MS Metal Agency, e vinyls ainda esse ano de 2025.
– Como tem sido os shows dessa fase da banda? O público está conseguindo assimilar o álbum?
Nossos últimos shows foram muito satisfatórios, as músicas do novo disco tem sido destaque da setlist, galera tem curtido, brisado e elogiado. Acredito que o público tem uma dificuldade em compreender a letra em inglês, mas isso não impede o público de curtir nosso som.
– “The Wizard is Never Late” pra mim é a melhor do CD. Imagino que foi desafiador escrever essa música que, além de complexa, tem diversos elementos de várias vertentes nela…
“The Wizard is Never Late”, é uma música longa, que não foi rápido, nem fácil compô-la e lapidá-la, foi um processo desafiador com certeza. A letra fala sobre o Gandalf, do universo literário e cinematográfico do J.R Tolkien. A faixa conta com clipe no Youtube, gravado no Forest Lab.E por último, mas não menos importante, quanto a cena de Maringá, temos uma cena de música autoral muito maneira aqui, e as bandas daqui estão tocando cada vez mais e mais distante. Bandas de amigos nossos que estão conquistando o underground nacional e internacional como Jovens Ateus, Cambaia, Stolen Byrds, Lado Beco, Samuel Amaro, Valter e Cambojam e inúmeras outras que não me lembro agora. Cena prospera e interessante, vale o confere.
– Obrigado pelo tempo concedido a nós do Portal do Inferno. Mandem notícias da cena da cidade de vocês, por gentileza…
Obrigado pelo review, pelo espaço e atenção, seu trampo ajuda e muito nós do underground. Esse ano ainda planejamos lançar singles, e disponibilizar o Vinyl desse disco (“Ember Brick”), e estamos ambicionando uma breve tour europeia para 2026. Segue nosso insta para não perder shows e lançamentos @emberbrick