– Olá Rafael, obrigado pelo tempo cedido ao nosso querido Portal do Inferno. O que te levou a ter uma carreira solo, depois de conseguir relevância com sua outra banda, o Barok Projekto?

Olá, amigos do Portal do Inferno, antes de te responder, quero agradecer o convite e a oportunidade de falar sobre o meu trabalho. Bom, em relação ao fato de iniciar uma carreira solo, foi algo que surgiu naturalmente. Eu também sou violonista clássico e lancei em 2015 meu primeiro trabalho solo, o álbum Emanações Harmônicas. Desde então, nunca parei. Lancei álbum solo de cavaquinho…o que mudou é que agora estou lançando mais trabalhos voltados para o metal. Antes meus trabalhos eram instrumentais e agora comecei a cantar. Vamos ver no que vai dar.

Eu gosto muito de trabalhar com banda. E gosto quando unimos nossas ideias e criamos algo coeso e diferenciado, mas também gosto de me expressar através da arte de compor e a carreira solo é a melhor forma de externar integralmente nossa essência.

– Tivemos contato com o Barok Projekto e sua carreira solo ao mesmo tempo, graças a agência que está com vocês atualmente. Percebi diversas diferenças entre os dois projetos quanto a forma de composição. Quais as diferenças você nos apontaria?

Que bom que os dois trabalhos soaram diferente. Particularmente, eu penso que não tem muito sentido você lançar uma carreira solo que soe igual ao trabalho realizado com a banda. Então foi algo proposital o fato de soar diferente, mas além disso, na banda Barok-Projekto, usamos as ideias musicais de todos da banda. Somos democráticos. Já na minha carreira solo, são apenas as minhas ideias, então já era esperado essa diferença na sonoridade.

– Atualmente, quem está acompanhando você nesta carreira solo? Existem planos para shows?

Eu não pretendo fazer shows com a minha carreira solo, até porque, estou apostando mais no conceito de “one-man-band”, onde eu toco todos os instrumentos da faixa. Mas se for um convite “tentador”, quem sabe?! Rsrsrsrsrrs

– Você concorda que a sua carreira solo está se enquadrando mais para o Progressivo? Como você avalia a cena Prog na atualidade? Parece que a coisa toda voltou a dar um “bum” com o retorno de Portnoy para o Dream Theater…

Sou um grande fã do prog metal e Dream Theater. O prog metal faz muito bem para o cérebro rsrsrsrs. No Brasil, a banda que mais me chama a atenção é Vitalism. Os caras destroem tudo! Mas sobre o lance do meu trabalho solo, depois de muitos sites me rotulares como prog, eu fui refletir e cheguei à conclusão de que não faz muito sentido kkkkkk. Para mim e claramente um Power Metal, mas conceitual eu o encaixaria como um Power Folk Metal

– “Steep Price” é o seu mais novo Single. Como se deu o seu processo de composição? Desafiante escrever algo que não se parecesse com a Barok Projekto?

Então, na banda a gente compõe em parceria. Tem ideia de todos. Já no meu trabalho solo, sou apenas eu. Então é natural soar diferente. O processo de composição é basicamente o mesmo.  Eu sempre parto de um tema central. Uma melodia que me norteia. Penso também na estrutura da peça, faço um “esqueleto” da peça antes de colocar a mão na massa. Tomo cuidado para deixar a parte mais empolgante no refrão.

– Pra este Single você assinou a produção, correto? Por qual razão preferiu concentrar todo o trabalho nas suas mãos?

Então cara, eu fiz a produção. Mas a mix e master eu tercerizei. Ficou por conta do Fantom Studio. Eu já tenho um bom tempo atuando nessa área de composição então eu sei o que deve aparecer mais na mix. E como a mix foi feita a distância, ainda ficaram algumas coisas que, ouvindo atualmente, eu mudaria. Tipo…eu gravei um cavaquinho em Steep Price e ele sumiu na mix. E deixei passar batido. Mas fiquei feliz com o resultado.

– A mixagem de “Steep Price” me saltou aos ouvidos, porque ela é tão assertiva que me permitiu perceber os mais diversos detalhes na composição. Quanto tempo você levou pra chegar neste resultado? O que você pode nos dizer sobre este processo?

O Geovani do Fanton Studio, trabalha muito bem. Realmente a mix ficou massa! Ouvindo atualmente, eu deixaria aparecer um pouco mais as percussões e o cavaquinho, porque isso daria ainda mais identidade ao trabalho, mas por conta da correria, da distância entre o estúdio e minha cidade, algumas coisas passaram batidas

– Imagino que com a aceitação do Single, novos lançamentos estejam em mente. Quais os planos futuros para a sua carreira solo?

Eu nunca paro cara! Sou viciado em compor. Só não componho mais porque não é minha atividade principal. Mas é coisa que mais gosto de fazer. Eu já tenho registrado material pronto para um álbum novo. É só organizar as coisas e fazer as letras. Vou fazendo no meu tempo, já que não tenho contrato com gravadora.

– Eu ainda consumo álbuns, mas a geração atual parece ter largado mão deste formato. Você pretende gravar um álbum completo do seu projeto solo algum dia?

Ah! Com certeza sim! A ideia é essa. Agora é trabalhar na divulgação, pois assim o trabalho ganha mais força até culminar em um álbum.

– Mais uma vez muito obrigado pelo seu tempo, Rafael. Se alguma coisa não foi mencionada e que você julgue ser importante, fica aqui o espaço para você…

Valeu demais! Acho que falei tudo. Estou à disposição sempre que precisarem!

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