Por: (Arte Metal)

O trio sueco THE TORCH divulga atualmente seu segundo disco, “Chasing Light” (2018). Quatro anos após seu primeiro lançamento, a banda oriunda de Gotemburgo, mostra o seu lado mais alternativo, assumindo riscos que poucas bandas de Metal assumiriam. Fato é que Martin Söderqvist (vocal/guitarra), Per Romvall (baixo) e  Peter Derenius (bateria), conseguiram atingir um patamar no novo trabalho, que somente músicos oriundos do Heavy Metal conseguiriam. Söderqvist nos conta o porquê.

Hoje em dia quatro anos é um bom tempo entre um lançamento e outro, portanto há evolução em diversos quesitos. No que “Chasing Light” se difere de seu antecessor, “Light That Fire” (2014)?

Martin Söderqvist: Bem, a produção é muito melhor e as músicas são mais sólidas. Nós realmente trouxemos as nossas raízes dos anos 1990 para este ábum álbum.

Quais as principais características de “Chasing Light” e no que ele se destaca na opinião da banda?

Martin: “Chasing Light” é como uma homenagem à música que amamos, e ele se destaca porque é muito original em comparação ai que toca no rádio por aí.

E como foi a forma de compor do novo disco? No que vocês mudaram, enfim, como foi trabalhar neste segundo álbum?

Martin: O procedimento desta vez foi sólido desde o início, não como a gravação de “Light That Fire”, que foi muito dramática e turbulenta devido a mudanças na formação. Desta vez, tivemos também uma grande contribuição criativa externa do produtor Sebastian Olsson, que realmente nos levou a melhorar musicalmente.

É interessante notar como a sonoridade em “Chasing Light” nos remete aos anos 90 sem necessariamente soar datado. A música do THE TORCH transcende o tempo, mas traz influências do Grunge e Rock Alternativo. Concordam? O que podem falar a respeito?

Martin: Obrigado! Sim, apenas pensei em fazer um disco que nós mesmos gostaríamos de ouvir. Então eu acho que nós misturamos um monte de influências de Rock, Grunge e Metal, então esse foi o resultado.

Aliás, a música da banda vai além disso. A melodia é intensa e descende do Hard Rock, sendo que o clima não chega a ser tão sombrio e soa até positivo em alguns momentos. Esta é uma das características que a banda buscou no trabalho ou fluiu naturalmente?

Martin: Alguns dos temas das músicas podem parecer muito sombrios, mas na verdade a maioria das letras são positivas. A ideia por trás de músicas como Chasing Light, Black Wings e Dust é que todos nós vamos desaparecer, mas vamos perseguir a luz da morte e fazer algo de nossas vidas.

Outro fator importante na sonoridade do trabalho é a acessibilidade das composições, mesmo possuindo ricos arranjos e técnica na execução. Como equilibrar esses elementos?

Martin: Os arranjos das músicas são todos graças ao “Basse” e o tecnicismo vem do nosso passado como músicos de Metal. Isso significa que não somos realmente anti-técnicos, como a maioria das bandas de grunge costumava ser (risos).

A produção de Sebastian “Basse” Olsson conseguiu manter o som da banda atemporal. O resultado final foi satisfatório? E como é trabalhar com Sebastian?

Martin: Sim, a parte de produção foi muito boa e nos levou ao próximo nível. Para ser uma banda de Rock em 2018 e fazer um disco atemporal, isso é insano (risos). Obrigado! Mas nós realmente precisamos mencionar o talento fantástico de DL que mixou o álbum. Sem a sua magia, não teria soado assim. Ele nos conseguiu o som que queríamos

Partindo agora para a temática das músicas. O que a banda procura passar como mensagem nas letras?

Martin: Chasing Light, Dust e Black Wings tocam no assunto da morte e de nossas vidas que ficam sem tempo, e o que deveríamos estar fazendo aqui. É uma espécie de tema em todo o álbum. Mas o álbum também tem as mentiras clássicas do estabelecimento de letras em Lies e The Struggle Of Man, tipo de letra em “Ten Thousand Stones”. Estou muito orgulhoso das músicas que escrevi para este álbum

Aliás, os nomes dos discos parecem estar interligados? Há uma conexão?

Martin: “Light That Fire” foi como um renascimento depois de toda a turbulência que esta banda experimentou. Como um novo começo. “Chasing Light” se conecta a ele de uma certa maneira. Primeiro nós renascemos e então estamos perseguindo a luz até morrermos

Hoje esse modelo de Rock alternativo, pelo menos por aqui, não está mais tão em alta. Como tem sido a repercussão de “Chasing Light” pelo mundo afora? Algum feedback do Brasil?

Martin: O negócio da música atualmente é muito difícil. Todas as pessoas que ouviram este álbum ficaram impressionadas e nos fizeram ótimos comentários. Especialmente na Alemanha, onde nossa gravadora é baseada

E o que a banda prepara para divulga-lo no próximo ano? Enfim, quais os planos em questão de turnês e futuros lançamentos?

Martin: Gravaremos um novo vídeo para a música Chasing Light em janeiro para ser lançado em fevereiro. Depois disso, começaremos a trabalhar no nosso próximo álbum. Não sabemos nada sobre uma turnê neste momento, mas assinamos com uma agência de agenciamento alemã.

Por fim, deixem uma mensagem aos leitores brasileiros.

Martin: Adquira o álbum “Chasing Light” e por favor, dê-nos sua opinião em purslight@thetorch.se. Somos muito gratos a todas as pessoas que apreciam nossa música e esperamos vê-lo em um show ao vivo em breve!

Links sobre a banda: 

Site

Facebook

Escrito por

Vitor Franceschini

Jornalista graduado, editor do Blog Arte Metal.