Quinta parte da série Copa do Metal. Hoje abordamos o grupo E, que muito nos interessa, pois aqui iniciam-se os confrontos rumo à luta pelo Hexa Campeonato do Brasil. Abordamos, além do Brasil, a Suíça, Sérvia e Costa Rica, suas seleções, curiosidades e claro, as ótimas bandas de cada país. Confira!
Perdeu os grupos anteriores? Abaixo listamos todos eles:
Brasil
(Por Flávio Diniz)
Banhado a leste pelo oceano atlântico com uma costa litorânea de mais de sete mil quilômetros, o Brasil é o quinto maior país do mundo com mais de oito milhões de quilômetros quadrados. Nossa biodiversidade é a maior do mundo. A flora é composta por mais de 55 mil espécies de plantas, aproximadamente 22% do total de plantas de todo o planeta. Também estamos no topo da diversidade de mamíferos e peixes de água doce.
No Brasil, o cristianismo é de longe a maior religião, representando mais de 86% da população. Católicos tem 64% do total e evangélicos aparecem com 22%. Nossa economia já viu dias melhores e vivemos em meio a crises políticas e sociais e mesmo no futebol, onde sempre fomos referências, não estamos nos nossos melhores dias.
Em 2014, o Brasil sediou a Copa do Mundo da FIFA. E talvez, nem mesmo o mais pessimista dos brasileiros poderia imaginar um final tão trágico. O clima era festivo e todos os torcedores esperavam exorcizar os fantasmas da copa de 1950, quando o Brasil perdeu para o Uruguai pelo placar de 2×1 em um Maracanã com quase 200 mil pessoas. A derrota para os irmãos sul-americanos, no entanto, perdeu os ares de “tragédia futebolística” após o atropelamento germânico ao qual fomos submetidos pela semifinal da copa há mais de três anos. Sete gols da seleção que se sagraria tetra campeã após vencer a Argentina na final, o que acabou trazendo um pouco de alívio para os brasileiros, pois levar a maior sacolada de sua história e ainda ver seu maior rival comemorando um título em sua casa seria insano.
Com a chegada do técnico Tite e a notável melhora de desempenho, a esperança de apagar essa terrível lembrança reacende na mente do torcedor brasileiro. Apesar da grande goleada, o Brasil continua sendo a única seleção a participar de todas as edições de copa do mundo e a maior vencedora do torneio, com cinco títulos (1958, 1962, 1970, 1994 e 2002), um a mais do que Itália e Alemanha (atual campeã).
No metal, a cena brasileira é também uma das mais repletas do mundo. E seria fácil chegar aqui e escolher nomes como Sepultura, Angra, Krisiun ou Ratos de Porão, lendas consagradas no mundo inteiro e com uma imensa legião de fãs. No entanto, uma banda que merece muito reconhecimento pelo longo e honesto trabalho ao metal nacional é o Vulcano. Fundada em 1981 e com dez álbuns de estúdio, os paulistas já transitaram pelo Black e Death Metal e hoje são referencias consolidadas no Thrash Metal. Em 2016, a banda lançou um documentário falando sobre sua trajetória, intitulado “Os Portais do Inferno Se Abrem: A História do Vulcano”. Abaixo indicamos o lyric-video da música “Behind The Curtains”do último álbum “XIV”, lançado em 2016 e muito bem recebido por críticos e fãs.
Suíça
(Por Flávio Diniz)
Chocolates, canivetes, queijos, relógios e estações de esqui nos Alpes são algumas das referências que remetem imediatamente ao país vizinho de Alemanha, França, Itália e Áustria. Com temperatura média de 10° Celsius e frequentemente abaixo de zero no inverno.
A Suíça possui quatro idiomas oficiais, além de outros dialetos. O alemão é o idioma mais falado, seguido de francês, italiano e o romanche, uma língua românica e descendente do latim. O país não pertence à União Europeia e a moeda utilizada por lá é o próprio Franco Suíço, que vale menos que o Euro, mas mais do que o Dólar. Apesar de não ter se envolvido muito na Segunda Guerra Mundial, a Suíça preparou muito bem sua defesa, construindo trinta mil bunkers nucleares. Esse número seria suficiente para guardar toda a população suíça contra qualquer ataque pelo período de um ano. O número de habitantes do país é de cerca de oito milhões e trezentos mil, quase quatro milhões a menos que a cidade de São Paulo.
Apesar de nunca ter tido grandes destaques no futebol mundial, a Suíça chega a sua décima copa, sendo terceira seguida e ocupa o quarto lugar no ranking da FIFA, atrás apenas dos campeões mundiais Brasil, Alemanha e Argentina. A sede da maior instituição de futebol mundial, aliás, localiza-se na maior cidade do país, Zurique. Na Copa do Mundo de 2006, na vizinha Alemanha, a seleção da Suíça deixou o torneio nas oitavas de final. O curioso é que o país foi eliminado de forma invicta, sem perder nenhuma partida e sem levar nenhum gol. Na fase de grupos empatou em 0x0 com a França, e venceu Togo e Coréia do Sul, ambos pelo placar de 2×0. Classificou-se em primeiro lugar no grupo G, com sete pontos. Nas oitavas de final viu-se de frente à Ucrânia. O jogo terminou empatado em 0x0 e a Ucrânia venceu a disputa de pênaltis por 3×0.
Também de Zurique vem a banda escolhida para representar o país europeu. Com as atividades iniciadas em 2002, a linha do ELUVEITIE é o Folk/Death Metal executado por nada menos que nove integrantes. É tanta gente que não deve caber em muitos palcos por aí. As letras de suas músicas abordam a cultura celta, batalhas e história helvética. O nome da banda também teve a ideia nessa temática, ELUVEITIE segundo a própria banda, significa “O Helvético” em gaulês. A banda possui uma extensa discografia, com EPs, singles, álbuns ao vivo e claro, álbuns de estúdio. São sete álbuns full-length e três ao vivo. Os suíços apoiam o movimento anti racismo no heavy metal, intitulado Metalheads Against Racism, que conta com muitas bandas ao redor do mundo. Abaixo, você confere o clipe muito bem produzido da faixa “The Call of The Mountains”do álbum “Origins”, lançado em 2014.
Nota: Vale lembrar que o grande Celtic Frost, um dos pioneiros do Black Metal mundial foi o maior representante do metal suíço. Seu nome e sua importância para a música extrema são bem conhecido de grande parte dos headbangers. No entanto optamos por divulgar uma banda ainda na ativa e com menor reconhecimento mundial.
Costa Rica
(Por Leonardo Cantarelli)
A Costa Rica é um belo país da América Central, porém pouco conhecido. Quer belas praias? Tem! Quer escalar montanhas e passar um bom tempo no mato? Tem! Quer ver vulcões? Tem!!
O que mais podemos esperar desse país encravado na América Central?
Um povo acolhedor, hospitaleiro e que ama futebol! Sim, são tão fanáticos quanto nós sul-americanos.
Por onde anda se encontra crianças jogando futebol e os estádios sempre lotados.
Os costarriquenhos vão para a quinta Copa do Mundo de sua história e vão querer repetir a façanha de 2014 quando chegaram até as quartas de final. Naquela ocasião, os Ticos passaram em primeiro lugar na sua chave que tinha Inglaterra, Itália e Uruguai. Superaram a Grécia nas oitavas de final e pararam na fase seguinte nos pênaltis pela Holanda.
O grande destaque da equipe é o goleiro Keylor Navas titular absoluto do Real Madrid. É tido, por aquelas bandas, como o jogador de mais êxito da história da Costa Rica. Os meio-campistas Bryan Ruiz e Celso Borges (este filho de pai brasileiro) são os outros destaques.
Mas e o metal costarriquenho?
Assim, como as praias, os vulcões e o futebol, existe Heavy Metal e dos bons. Bandas pouco conhecidas no Brasil, mas que compensa ganhar uns minutos do dia ouvindo-as.
A que esta matéria recomenda é a SIGHT OF EMPTINESS. Fundada em 2005 na capital San José (uma bela cidade, diga-se de passagem), a banda lançou 3 cds e pratica um Brutal Death Metal Melódico de deixar qualquer um com torcicolo de tanto bangear!!
Em sua trajetória, já participou de um festival na Inglaterra, tocou no Japão com o Krisiun e em seu país abriu shows para Slayer, Megadeth e Black Sabbath.
¡Mira la cancion y Vamos, Ticos!
Sérvia
(Por Flávio Diniz)
A Sérvia é mais um pequeno país europeu. Localizado no sudeste do continente, faz fronteira com diversos países, como Bósnia e Herzegovina, Croácia, Macedônia, Albânia, Romênia, Bulgária, Hungria e Montenegro. Este último país separou-se da Sérvia em 2006. O país Sérvia e Montenegro durou apenas três anos. Sua dissolução ocorreu quando Montenegro declarou sua independência em 3 de junho de 2006. Dois dias depois, a Sérvia fazia o mesmo, encerrando de vez a história de Sérvia e Montenegro como um único país e deixando os sérvios sem praia, pois seu país não possui saída pelo mar. Essa região pertence somente à Montenegro agora. A Sérvia surgiu após a desintegração da antiga Iugoslávia e sua capital Belgrado é uma das mais antigas da Europa, com sete mil anos.
A história da Seleção sérvia não é tão rica, pois é muito curta. Participou de apenas uma copa do mundo dessa maneira. Foi no ano de 2010, na África do Sul, quando foi eliminada ainda na fase de grupos perdendo para Austrália e Gana, mas conquistando uma surpreendente vitória sobre a Alemanha. No ano de 2006, a seleção classificou-se para o torneio como Sérvia e Montenegro e estreou sob esse nome dias após a dissolução dos dois países. A campanha foi ainda pior do que em 2010. Eliminada também na fase de grupos, não conquistou nenhum ponto. Sofreu três derrotas em um grupo muito complicado para Costa do Marfim, Holanda e Argentina. Para os sul-americanos, uma goleada de 6×0. A FIFA reconhece a Sérvia como “herdeira” das campanhas da antiga Iugoslávia. O antigo país possuía campanhas mais sólidas do que atualmente. Suas melhores campanhas foram um terceiro lugar na Copa do Mundo do Uruguai em 1930, a primeira das copas e um quarto lugar em 1962, no Chile.
НАДИМАЧ ou NADIMAC é o nome da banda que escolhemos para representar os sérvios. A principal característica é que a banda canta suas músicas em seu próprio idioma, o que dificulta até mesmo para encontrar seus álbuns e músicas. O som é um speed thrash metal crossover na linha do Municipal Waste e as letras abordam temas como o sarcasmo, humor negro, liberação animal e críticas sociais. Fundada na capital Belgrado em 2003, os bangers possuem muitos registros em sua carreira. Vários splits, além de cinco álbuns de estúdio compõem sua discografia. Confira abaixo o videoclipe da música “Poslednji Pogled Sa Visine” presente no álbum “Nejebanježivesile”.