Hoje conversamos com um dos principais nomes do Death Metal baiano: o BEHAVIOR! Vamos saber um pouco mais sobre sua história, formações, discografia, influências e muito mais? Então confira confira:

Primeiramente, fale um pouco sobre o início da banda. Fale também sobre a formação atual.

Ricardo: Tudo começou em 2007 quando nosso vocalista Fabrício Pazelli se juntou ao guitarrista Leonardo Pinheiro, cara que foi responsável pela concepção da demo “Walking For a Rotten Destiny” (2008), e deu o norte para o que é a musicalidade do Behavior atual. Logo após em 2009 me Juntei a Fabrício e só a partir daí a banda começou a realizar shows, gravar dois álbuns e conquistar nosso espaço no Underground nacional. O Behavior teve inúmeras formações, cada um deles teve uma contribuição importante no processo, o guitarrista que está a mais tempo na banda e “vestiu a camisa” foi Alexandre Vitorino que entrou em 2013 e atualmente temos uma formação estável com Silvio Libório (guitarra) e Leonardo Reis (baixo), que já fazia shows substituindo o antigo baixista Marcelo Almeida, e pela competência, acabou sendo efetivado.

O que vocês podem falar sobre o single “Necrophagic Necrophilia”, tem previsão de lançamento?

Ricardo: Após o lançamento do “Morbid Obsession”, decidimos não demorar tanto entre os lançamentos e foi assim que tivemos a iniciativa de lançar esse single com a formação atual e mostrar uma prévia do trabalho que está sendo composto. O processo do single está bem avançado e posso adiantar que será lançado em forma de clipe no início do segundo semestre de 2020.

Quais são as inspirações para as letras de vocês?

Alexandre: As letras do BEHAVIOR são amplas em suas abordagens. Entretanto, boa parte das músicas possuem letras que tratam sobre assassinos em serie. Como DEVOURER OF PURITY, que conta história de Albert Fish, um notório psicopata norte americano do século XIX; como também é caso do nosso próximo lançamento, o single NECROPHAGIC NECROPHILIA tem sua letra baseada na bibliografia de Ted Bundy, outra mente doentia. Já letras de músicas como “ARS GOETIA” e “ANCIENT CULT OF THE OBSCENE” tratam de ocultismo; “CORPSES ON THE ROAD” é baseada em um fato ocorrido enquanto a banda estava viajando para outro estado para tocar, um acidente na pista, envolvendo caminhões e carros de passeio, deixou algumas dezenas de mortos (devido ao acidente não conseguimos chegar ao destino e apresentação foi cancelada). “OUR FLESH SHALL FEED THE EARTH” por sua vez possui um tema mais profundo, discutindo a mortalidade e o processo natural de nascimento, crescimento e por fim, a morte. Esses são alguns exemplos.

Ricardo: Resumindo, o comportamento humano na sua forma mais caótica e doentia.

Como funciona a parte composicional da banda? Todos participam de tudo, ou alguns focam na parte lírica enquanto outros na parte instrumental?

Alexandre: O processo atual de composição tem se iniciado por mim, eu estruturo os esqueletos de músicas, gravo previas como se fossem demos, e mostra pra banda, então selecionamos a próxima música a ser trabalhada. Junto a Ricardo Agatte, baterista, para definir melhor os arranjos da musica, dando mais formato e camadas seria como dar tecido muscular aos esqueletos musicais iniciais, quando a musica já tem mais corpo a mostramos aos demais membros da banda, que é o momento onde todos fazem suas considerações e onde começa o processo de finalização, arranjos de baixos, vocais e outros ajustes finos. Devido à pandemia este processo não tem sido mais executado pessoalmente, porém hoje a tecnologia nos propicia algumas regalias, é muito fácil gravar e trabalhar ideias mesmo a distância, recurso que temos utilizado exaustivamente.

Quais são suas principais influências atualmente? Vocês têm planos de experimentar novas sonoridades no futuro?

Alexandre: As principais influências do BEHAVIOR atualmente são as mesmas que no “MORBID OBSESSION”, metal extremo dos anos 80 e 90, bandas que fundaram o gênero, como DEATH, MORBID ANGEL, POSSESSED e OBITUARY sempre estarão presente de uma forma ou de outra, outras notáveis influências são CANNIBAL CORPSE, SUFFOCATION, ENTOMBED, GRAVE, VADER, CARCASS, AUTOPSY, IMMOLATION, BOLT THROWER, como também as conterrâneas HEADHUNTER DC e MALEFACTOR. Isso somente para citar algumas. O plano para o futuro é continuar fazer Death Metal com a melhor qualidade que consigamos, mantendo uma crescente evolução, sem planos para experimentos e novas sonoridades, apenas a superação de tudo o que já foi feito por nós anteriormente.

Na opinião de vocês, qual é a importância da internet para as novas bandas, e qual foi o papel dela ao longo da carreira do Behavior?

Alexandre: Hoje a internet ocupa o papel que outrora pertencia as lojas especializadas, é onde os fás do estilo descobrem novas bandas, e onde os recém chegados conhecem os clássicos. A internet se tornou um ambiente de expansão musical, qualquer banda pode divulgar seu som utilizando redes sociais, aplicativos de stream, dentre outras maneiras, e isso é bom, é realmente interessante. Porém, se por um lado a internet pode ser utilizada como ponte ela paradoxalmente cria também um distanciamento. Os recém chegados no estilo que deveriam estar se inserindo na cena não o fazem, o que causa a proliferação dos “facebangers”, alcunha utilizada para nomear aqueles que ficam em redes sociais a impor regras, a reclamar da cena metálica da sua região, todavia não apóiam em nada a cena local, não comparecem a shows underground, quando atendem a show vão somente de bandas do mainstream, e às vezes sequer conhecem as bandas da cidade e estado em que moram. O BEHAVIOR tenta utilizar o lado útil da internet, divulgação de clipes, de shows, de novidades sobre a banda, além da comunicação com outras bandas, selos, blogs dedicados ao metal e admiradores do nosso trabalho.

Spotify: https://open.spotify.com/artist/2Lk6oy9PLZdeDKvNiEsIrJ
Deezer: https://www.deezer.com/br/artist/5223224
iTunes: https://music.apple.com/br/artist/behavior/14085500
YouTube: https://www.youtube.com/channel/UCdTNLevIebzzWxakfFyQtaA

Quais dos seus objetivos como banda vocês acham que já atingiram, e o que ainda esperam conseguir no futuro?

Ricardo: Atingimos nosso espaço e respeito no cenário nacional, de forma honesta e ajudando muitas bandas parceiras, o que é gratificante. O que nos falta é cair na estrada e acredito que com o terceiro álbum com essa nova formação estável iremos conseguir expandir o nosso som.

No metal temos muito divisionismo como conviver com todas essas diferenças de estilo?

Ricardo: Acredito que o divisionismo é uma seleção natural do processo, onde esses posicionamentos inúteis e hipócritas acabam excluindo naturalmente da cena. O Behavior com 13 anos de atividade nunca se envolveu nesses assuntos, pois nosso principal foco é fazer Música Extrema para os verdadeiros amantes do estilo, os falsos não são importantes para nós.

Com a experiência no underground em todos estes anos, quais são as lições aprendidas?

Alexandre: O underground brasileiro é um ambiente muito hostil (risos). Condições precárias cercam a cena em vários âmbitos. O underground com certeza nos ensinou a tirar leite de pedra, utilizar os mais simples recursos para executar grandes façanhas. De forma mais simples, o underground nos fez fortes, nos ensinou a não reclamar do que há de ruim, mas buscar soluções para tirar o melhor de uma situação da qual outros desistiriam. Quanto mais difícil uma situação, mais nos unimos e nos fortalecemos.

Ainda sobre novo álbum, vocês pretendem lançar algo para impulsionar a divulgação? Como um single, lyric vídeo ou quem sabe até um videoclipe?

Alexandre: Estamos em processo de composição do terceiro álbum e o single “NECROPHAGIC NECROPHILIA” já é parte da sua divulgação, uma forma de mostrar que a banda está forte e trabalhando mesmo no atual cenário pandêmico. Quanto a divulgação estamos analisando possibilidades disponíveis para o lançamento do single, a idéia é um clipe, entretanto, mas uma vez citado a pandemia, precisamos nos adaptar às condições possíveis de trabalho, estudo que já estamos fazendo há algum tempo.

Atravessamos uma pandemia mundial, que com certeza atrapalhou os projetos de todo mundo, vocês acham que após o fim de tudo isso o público voltará a lotar eventos e apoiar mais as bandas?

Alexandre: Não temos como saber ao certo ainda, estamos num momento muito delicado para prospectar qualquer coisa que envolva entretenimento e aglomeração de pessoas, o que podemos fazer por enquanto é torcer e trabalhar para que após toda a historia dessa pandemia chegar ao fim os bangers voltem a encher os shows. Esperamos que quando os shows voltem a acontecer o publico esteja tão sedento por metal e tudo o que ele nos proporciona quanto nós estamos.

Deixamos aqui os espaços para as considerações finais, muito obrigado pela entrevista.

Alexandre: Agradecemos o espaço, mantenham-se seguros e cuidem de si e dos seus. Aos que querem conhecer mais do trabalho do BEHAVIOR, vocês podem nos achar em nosso canal do YouTube, perfil do Instagram, onde compartilhamos muitas informações sobre a banda e temos também uma página no Facebook. Estamos presente no Spotify e no Deezer e demais plataformas de streaming com nossos dois álbuns, o “AWAKENING OF THE MADNESS” e o “MORBID OBSESSION”.

Stay Evil… Stay Hungry…

Ricardo: Obrigado pelo espaço, quando tudo isso passar, nos vemos nos próximos shows… Stay Evil!

BEHAVIOR é:

Fabrício Pazelli – vocal
Silvio Libório – guitarra
Alexandre Vitorino – guitarra
Leonardo Reis – baixo
Ricardo Agatte – bateria

Contato para assessoria de imprensa: ww.sanguefrioproducoes.com/contato

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