Em bate-papo realizado no quadro Heavy Girlz, do canal do YouTube Heavy Culture, foi abordado um tema muito importante dentro do nosso meio: a transexualidade no Rock e Heavy Metal. Sob o comando de Nathy Santos, esta quinta edição do quadro contou ainda com as convidadas especiais Föxx Salema e Jeny Kelly. Ambas são conhecidas pelo seu intenso envolvimento com o Heavy Metal nacional, sendo Föxx Salema (https://www.youtube.com/foxxsalema)um exemplo no que se diz respeito à luta contra a transfobia no Brasil, e Jeny Kelly pelo seu trabalho como redatora do site Roadie Metal, além de possuir um canal no YouTube voltado ao Rock/Heavy Metal (https://www.youtube.com/JennyontheRocks).O assunto, sempre delicado e causador de polêmicas, é extremamente necessário em um país repleto de preconceitos, sobretudo no Rock/Heavy Metal. É preciso debater cada vez mais sobre a participação da comunidade LGBTQIA+ na cena Rock/ Metal brasileira.

Para debater sobre este assunto, Föxx e Jeny puderam expor alguns fatos de suas trajetórias e como tem sido trabalhar num cenário tão preconceituoso. Jeny Kelly inclusive contou como foi sua transição, e embora não tenha sofrido muitos ataques, comentou, ainda deixando um livro como referência: “Outras antes de mim tiveram que sofrer para que eu não tivesse tanto sofrimento. Eu estou lendo um livro… de 2017, ano que eu iniciei a minha transição de gênero. Hoje eu tenho 53 anos e iniciei minha transição de gênero aos 47, então eu estou lendo esse livro, “Vidas Trans”. É um livro muito interessante porque ele conta a história de quatro pessoas transexuais, o que elas passaram e o que elas viveram para se assumirem trans e depois que se assumiram trans, a luta e a militância delas na vida para tentarem se afirmar. São todas pessoas vencedoras, tem advogado ali, por exemplo, então são dois homens trans e duas mulheres trans. É um livro muito interessante, “Vidas trans: a Coragem de Existir”, da Astral Cultural. Aquelas pessoas que precisam entender e aprender sobre o que é ser uma pessoa trans eu recomendo a leitura desse livro”. Entretanto, Jeny fala sobre a relação com sua família, contando que não tem contato com sua família de sangue há quatro anos, sofrendo rejeição inclusive de seus pais, citando que “a rejeição convive diariamente com a gente”.

Föxx Salema também contou alguns detalhes de sua transição, e contou que há anos sofre ataques virtuais da extrema direita devido à sua visão progressista e de total apoio à causa LGBTQIA+, se tornando uma porta-voz desta comunidade dentro do Rock/Metal brasileiro. Sobre estes ataques, contou: “Tive o apoio da mídia nacional, tive o apoio do público que que gosta desse gênero, de algumas pessoas musicistas… Através do site português chamado Hedflow, através da repórter Stefani, eles conseguiram fazer o Jean Willys fazer um vídeo lá na França, ele gravou um vídeo me defendendo sobre isso o que eu estava passando aqui no Brasil…”. A musicista também deu sua opinião sobre se há preconceito em determinados estilos ou é algo geral: “Tenho pessoas dentro do Metal extremo que me trataram muito bem, e tem pessoas que gostam mais de AOR e Hard Rock que são bolsonaristas que me destrataram. Na minha opinião, na minha vivência, acho que é de pessoa a pessoa”.

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Escrito por

Maicon Leite

Colaborador da Roadie Crew e assessor de imprensa com a Wargods Press.