Falar de Matanza é chover no molhado né, começou em 1996 e encerrou as suas atividades em 2018, com a saída do icônico vocalista Jimmy. Depois desse anúncio, surge um desmembramento desse corpo, o Matanza Inc, meio que inspirados no Venom Inc, aonde ex-membros da icônica banda de Metal Extremo Inglesa fez.

Marcos Donida e Maurício Nogueira(guitarras), Dony Escobar(baixo) e Jonas Cáffaro(bateria) convidaram o experiente Vital Cavalcante pros vocais do disco que seria o primeiro desse novo corpo e assim eles começaram o processo de composição e em maio do corrente ano o disco é lançado.

Vamos combinar que, como é o Matanza Inc, o disco já começa com nomes de peso na produção do disco, feito no Orra Meu Studios em São Paulo, com produção, mixagem e masterização pro David Menezes, a parte técnica do disco é impecável, que som que esses caras conseguiram tirar de tudo, muito bom.

Agora, vamos falar das músicas do “Crônicas de Post – Mortem” e uma coisa que devemos deixar claro, como Donida e toda a sua trupe tem um “pézinho”(ou mais que um pézinho né…) no Metal Extremo, se tem uma coisa que ouvindo o disco eu percebi é que, mesmo o Matanza Inc fazendo seu “countrycore”, como eles mesmo chamam o som deles, é impossível em algum momento aqui ou ali não se reparar um pouco de Venom, Celtic Frost e outras bandas seminais do movimento mais Extremo do Heavy Metal.

E sobre as músicas?? O que vamos falar delas. Bem, eu vou começar pelas músicas com participações mais que especiais, como “O Elo Mais Fraco da Corrente”, aonde o Matanza Inc teve o vocal de Rodrigo Lima, do Dead Fish e a divisão de vozes com o Vital ficou incrível nesse som, aquele clássico Hardcore, com a pegada Country que somente o Matanza Inc poderia nos presentear.

Wladimir Korg, lendário vocalista do The Mist(banda que Donida é fã) emprestou o seu incrível vocal em algumas passagens em “Para O Inferno” e Marcello Schevano, do Patrulhas do Espaço, dá um toque do seu teclado em “Pode Ser Que Eu Me Atrase” e todas elas tem um ponto em comum: todas tem o CountryCore muito bem postas e isso é bom ou ruim? Eu acho legal, mas…

Sobre as outras faixas do disco, ele abre com “Guia Para Demônios & Espíritos Obsessores”, essa o CountryCore do Matanza Inc encontra com Celtic Frost, eu juro que em algum momento da música eu ouviria o clássico URGH do Tom Warrior, que boa música, mas…

Apesar de eu curtir bastante o som que a banda sempre faz e sempre se propôs a fazer, eu esperava que tivéssemos mais coisa, com a pequena, mas reformulação da banda e o som do Matanza Inc chega em um momento que fica cansativo, começa a soar muito igual, isso é ruim, porque dá uma matada na experiência de ouvir o disco, que não é ruim, mas fica repetitivo e cansativo.

Tenho certeza que a banda merece toda a glória que ela conquistou com o antigo vocalista, já que Vital Cavalcanti tem um vocal bem próximo do anterior e isso só influencia ainda mais a percepção de cansar no ouvir do disco, entende?? Eu sei que esse é o som do Matanza Inc, sim eu sei, mas eu, particularmente, esperava algo a mais, ah eu esperava!!

Pra quem já curtia o Matanza, o Matanza Inc é um prato lotado, uma nova linha temporal no caminho dos músicos, com a mesma qualidade já entregue um dia por esse time, é divertido até um certo momento e por isso, por conta desse certo momento que começa a cansar a audição do disco, a dica é dar uma parada, relaxar e voltar a ouvir.

Nota: 7