Lucas Ray, cantor e guitarrista de São Luis do Maranhão está surgindo com um trabalho ímpar, nominado ‘Sphinx’. Pra começar a falar do trabalho de Lucas Ray, no seu EP de lançamento, vamos começar que, o trabalho dele é complexo, muito bem composto e tenho certeza que, ele poderá galgar seus caminhos no Rock Progressivo em largas passadas, pois o serviço apresentado é de extrema qualidade.

Lucas Ray

Vamos começar dando um leve histórico dos músicos convidados para essa gravação, aqui temos o Lucas Ray como guitarrista e vocalista, com o baixo de Alexandre Panta(do canal Fala Baixisita), Neemias Teixeira nos teclados, a percurssão de Alex Fogaça, nas faixas Run Rabbit, Run, Xibalba e SPHINX e com certeza o nome de mais peso aqui envolvido é o de Bruno Valverde, o baterista do Angra comanda as peles dessa gravação.

O EP foi gravado e produzido por Helio Castelhano no Estúdio DSN, o EP é muito bom, com 6 belas faixas, temos uma mescla de Progressivo, com passagens de Música Brasileira, uma certa regionalidade(já que o Lucas vem do Maranhão) e muito, muito bom gosto em todas as músicas apresentadas.

A primeira, que serveria como introdução ao resto das músicas, Reveries é uma ótima faixa instrumental, que me fez lembrar um pouco das bandas mais clássicas do estilo, com um teclado bem harmonioso e muito técnico, esbanjando fluência.

Depois temos Run, Rabbit Run que segue a maravilha da composição apresentada por Lucas Ray, uma ótima faixa a se ouvir e o disco segue com essa fórmula de unir, com uma sobriedade única, passagens de música Brasileira, as “viagens” e “toques” do Rock Progressivo, isso tudo com muito peso e muita elegância, pois, se  faltasse isso, seria difícil conseguir prosseguir ouvindo o EP.

Xibalba e Iceland apresentam duas estéticas completamente diferentes, já que, como os nomes mesmo já denunciam, em Xibalba temos uma veia Inca na letra, na música, a genialidade apresentada por Lucas Ray reaparece e em Iceland, temos uma homenagem à Islândia feita por Lucas, homenagem essa muito bem feita.

Eu vou destacar a longa e fácil de ouvir Sphinx Pt. I, é uma música muito boa e muito bem composta, destaco ela porquê aqui temos todas as possíveis influências do Lucas Ray em uma faixa glamourosa, com a sua personalidade esbaldando por cada nota e com, também, sua personalidade, mas sem deixar escapar que ele bebeu da fonte do Dream Theater e Porcupine Tree, tem um “qzinho” de Yes e Pink Floyd em algumas passagens, mas tudo muito bem encaixado e indo se complementar em Sphinx Pt. II, que fecha o seu EP.

Eu poderia falar, com certeza, que o Lucas Ray e seu LRE podem fazer o Rock Progressivo no Brasil crescer mais e mais, ou mesmo, voltar a viver a maravilhosa época que um dia tivemos, com tantas bandas altamente competentes e muito queridas por alguns. Fica a dica, curte Progressivo, procura o trabalho do Lucas Ray que você vai curtir.

Nota: 8