Nesse final de semana o Metal Carioca esteve em celebração, já que, no sábado, dia 2o de Junho do corrente ano, o Reckoning Hour lançou seu maravilhoso disco, “Beyond Conviction” e no domingo, na mesma casa, o clássico Teatro Odisséia, tivemos o show da DarkTower com amigos, eu fui ao sábado, no evento do Reckoning Hour, com os amigos do Painside e No Trauma.

Vamos começar falando sobre o Teatro Odisséia, essa incrível casa, no coração da Lapa, bairro mais que conhecido da boemia Carioca, vem passando por problemas(como outras diversas pelo país, imagino eu) e recentemente anunciou o encerramento de suas atividades, mas foi arrendada por outro empresário que, ainda acredita na cultura, isso é bom, que a nova casa continue abrindo as portas para o Metal Nacional e Internacional, como o Teatro Odisséia no longo de seus 15 anos(ou pouco mais) vem fazendo, uma casa obrigatória no Rio de Janeiro.

O evento começou no horário marcado, 18:30hr, os portões foram abertos e o credenciamento foi feito rápido e logo depois, o público chegava, que, como sempre, foi pouco, mas, sendo um show de 3 bandas Cariocas, diria que foi bom, às 19:00hr o Painside subiu ao palco, em sua formação, Guilherme Sevens(vocal), Carlos Saione e Leandro Carvalho(guitarras), Thiago Velásques(baixo) e Phill Drigues já chegaram com o pé na porta, abrindo o show com a ótima Ignite the Fire, música do primeiro disco “Dark World Burden”, lançado em 2010 e o show foi um mix das músicas de “Build Your Fiction”, EP de 2013, o primeiro disco e a recém lançada e maravilhosa “The Darkest Part Of Me”, um showzaço com tudo que tem de direito. Metal Tradicional com pitadas modernas, peso, um som maravilhoso, eu destaco do set, com certeza a música “Forsaken” do primeiro disco, perfeita!! Então, o sábado começou muito bem em termos musicais.

Logo depois do Painside, aquele pequeno tempo pra troca de palco, ajeitar algumas coisas e subiria ao palco o pessoal do No Trauma. A banda que tem em sua sonoridade o lance mais moderno dentro do Metal, com um som muito grooveado e com aquela assinatura “Djent”, a banda veio com tudo, tocando músicas já lançadas de seu repertório, a banda que conta com Tuninho Silva(guitarra), Hosmany Banderia(Vocal), Marvin Tabosa (Bateria) e Elias Oliveira(Baixo), a banda mandou ver com Veneno, Forca e outros ótimos sons de sua carreira, mas eu aí tenho que destacar o trabalho da cozinha, Marvin e Elias são dois monstros, levando a banda pra um caminho maravilhoso, grande banda e que merece reconhecimento.

Depois do show do No Trauma, mais uma arrumadinha no palco e aí viria o dono da festa, o Reckoning Hour, uma banda de MetalCore com uma carreira incrível e ali eles estavam lançando o novo disco, “Beyond Conviction”e assim foi. Posso falar, os caras estão com tudo e merecem demais continuar crescendo, JP(vocal), Philip Leander e Lucas Finamore(guitarras), Cavi Montenegro(baixo) e Johnny Kings(bateria) subiram ao palco tocando diversos sons, vai ser meio que “chover no molhado” falar do show deles, já que sempre a banda nos entrega um concerto forte, firme, coeso, com ótimos momentos, mas dessa vez eu vou destacar algumas coisas, as músicas “Above The Fire” e “Away From The Sun”, do disco que estava sendo lançado, “Beyond Conviction” funcionaram bem demais em palco, aquelas clássicas para cantar juntos com a banda. E tivemos um momento de emoção, quando JP e Philip, fundadores da banda, tocaram a primeira música composta pro Reckoning Hour, Defiance, eles ficaram sozinhos em palco, um clima intimista tomou conta da casa, lindo. A banda seguiu apresentando músicas do disco “Between Death And Courage” e agora “Beyond Conviction”, nos dando um show incrível e mostrando que o Metal Carioca e Nacional tem um representante muito forte no Metalcore.

Esse foi um sábado maravilhoso, tive a honra de ver 3 bandas, diferentes e de qualidade ímpar tocando, falando pra todos, que o Rio de Janeiro está vivo sim e vai muito bem. As fotos dessa cobertura foram tiradas no meu celular, pela Luana Netto e quero agradecer já a ela, a todas as bandas pela confiança em nosso trabalho e ao Teatro Odisséia, por sempre abrir as portas do Metal Nacional.