A noite de domingo, no Hangar 110, encerrou a turnê brasileira conjunta do Grave com o Samael. Após dois festivais, o Marreco’s Fest, em Brasília, e o Roca ‘n’ Roll, em Varginha, ambas as bandas se apresentaram em São Paulo. As expectativas dos fãs eram altas já que, além do retorno do Grave, esse show fazia parte da primeira tour do Samael no Brasil.

Grave

Grave

Sem atrasos e filas exageradas, as apresentações começaram às 19h, com o Grave subindo ao palco e iniciando sua apresentação com Turning Black. Como esperado, uma roda foi aberta em frente ao palco sem dificuldades pois a casa não chegou a lotar completamente. O som não estava totalmente perfeito e uma pequena falha fez com que uma das guitarras sumisse brevemente durante You’ll Never See, mas rapidamente foi arrumada, apesar do volume da guitarra solo estar mais baixo, fazendo com que ela desaparecesse encoberta pelos outros instrumentos em algumas passagens.

Mesmo assim, isso não diminuiu a intensidade de como o Grave executava suas músicas empolgando os seus fãs e conquistando aqueles que estavam lá pelo Samael e não eram tão familiarizados com seu som. Apesar do pequeno palco do Hangar, o guitarrista Mika e o baixista Tobias trocavam de lado em vários momentos e interagindo com os fãs mais próximos.

Após Black Down, a banda se retirou brevemente para voltar com um bis composto das clássicas Day of Mourning e Into de Grave, de seu primeiro álbum. Uma boa apresentação sem muitos rodeios e direta como o estilo praticado pela banda.

Samael

Samael

Às 20h45 foi a vez do Samael iniciar seu show. No palco, diferente do que costuma ser visto, a bateria foi montada de lado, com o teclado à frente. Uma configuração pouco comum, mas interessante. Dessa forma, Xy se dividia entre a bateria e o teclado com o restante da banda à sua frente.

Logo com a primeira música Turning Black, a surpresa. Algumas pessoas tinham uma expectativa de um show com uma pegada mais “dançante” devido às músicas da banda, mas o que se viu o oposto disso. Do início até o fim, todas as canções foram tocadas com grande intensidade e peso. Vorph, interagiu com o público em vários momentos, agradendo aos que estavam lá e lamentando a demora em vir ao Brasil, dizendo que não pretendem demorar 25 anos novamente para voltar.

Apesar da maioria do setlist ser composto por faixas do mais recente álbum, Lux Mundi, o passado não foi deixado de lado nesse primeiro show em São Paulo. Faixas como Into The Pentagram, do primeiro álbum, e Ceremony of Opposites, de 1994, como Baphomet’s Throne e a música título também foram apresentadas, para a alegria dos fãs de longa data que talvez não esperassem que elas fossem tocadas.

Samael

A banda se mostrou bem empolgada, principalmente o baixista, que acabava por roubar parte das atenções por não parar de agitar por um segundo sequer, fosse pulando ou indo próximo ao público. Tamaha a empolgação que, próximo ao final do show durante o bis, uma das cordas de seu baixo arrebentou e ele continuou a tocar dessa forma, mesmo com o roadie oferecendo outro instrumento no lugar.

Com My Saviour o Samael encerrou seu show prometendo voltar em breve e agradecendo novamente os presentes. Nesse momento após o show, alguns integrantes do Grave estavam no fundo da casa e começaram a atender os fãs que foram conversar com eles, autografando e tirando fotos. O Samael também atendeu algumas pessoas, apesar que muitos já haviam se retirado, aproveitando que o show havia terminado em um horário cedo, facilitando o retorno de todos para casa.

Setlist Grave:

Turning Black
You’ll Never See
Now and Forever
Deformed
Bloodpath
Bullets Are Mine
Inhuman
Morbid Way to Die
Rise
Black Dawn

Bis

Day of Mourning
Into the Grave

Setlist Samael:

Invictus
Luxferre
Rain
Baphomet’s Throne
Of War
Slavocracy
Reign of Light
Into the Pentagram
Flagellation
Black Trip
Soul Invictus
Shining Kingdom
In the Deep
The Truth Is Marching On
nfra Galaxia

Bis

Ceremony of Opposites
Antigod
My Saviour

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