O que significa o nome VESPERASETH?

Naamã: O nome não tem um significado, ele é baseado em um livro de contos do Bram Stoker “Under the Sunset”. Porém como a ideia desde o início era cantar em português, foi no latim que achei uma palavra com significado parecido “Vesperascet” que significa algo como anoitecer. Embora tenha gostado, a pronúncia e escrita da palavra em latim me pareciam um pouco complicadas para divulgação, foi então que surgiu a ideia de estilizar o final do nome com “Seth” fazendo alusão ao deus egípcio do caos, do deserto, das tempestades e da guerra. No fim Vesperaseth mesmo com muitas referências, não tem um significado definido.

“Nebro” é o segundo álbum de vocês, como ele vem sendo recebido pela imprensa e fãs?

Leandro: Tem sido fantástico. A recepção do público é sempre calorosa. Na imprensa também tem sido muito positiva, como várias avaliações positivas em reviews de sites especializados.

Quais as principais diferenças que vocês enxergam em “Nebro” com relação ao seu antecessor?

Thiago: Certamente há uma série de diferenças que podemos apontar entre “Nebro” e “Spectrophobia”. Primeiro, podemos citar o amadurecimento tanto em nós como indivíduos quanto como músicos, o que reflete diretamente nas composições. Em “Nebro” investimentos um tempo considerável na produção das músicas. “Nebro” foi minha “estreia”. O primeiro trabalho que escrevi os riffs desde o início, diferente de “Spectrophobia”, onde já recebi 60/70% dos riffs e fizemos ajustes para adequá-los à nova proposta.

“Nebro” possui músicas muito fortes, e todas em português. Porque vocês preferiram seguir por este caminho? Vocês não almejam o mercado internacional?

Naamã: Não pensamos em nenhum tipo de mercado quando começamos o projeto, éramos só alguns amigos querendo fazer um som diferente e com personalidade, a escolha da língua materna se deu por conseguir nos expressar melhor nela, o que em nossa visão acabou por se tornar um diferencial dando mais personalidade ao projeto.

A arte da capa foi assinada por Carlos Fides. Qual o significado dela?

Naamã – A capa foi elaborada pelo talentoso Carlos Fides, que trabalha com nomes de peso do metal nacional e mundial. Explicar o conceito das artes desse trabalho seria complicado, pois ele se baseia na loucura e no indescritível. As nuances abstratas, sombrias e ocultas, se conectam com as letras e com os temas do álbum, proporcionando ao ouvinte uma viagem rumo aos inóspitos abismos cósmicos.

Eu gostei muito da mixagem e masterização de “Nebro”, o que vocês podem nos falar sobre a pós produção do disco?

Thiago: Ficamos agradecidos pelo feedback positivo em relação à mixagem e masterização. Foi um processo desafiador, porém gratificante. Encaramos toda a responsabilidade da mixagem e masterização com muita dedicação. Buscamos uma referência clara de como desejávamos que o som soasse ao ouvinte e investimos tempo e muito esforço nesse objetivo, mantendo sempre em mente a atmosfera e mensagem que queríamos transmitir.

“Nebro” ganhou uma tiragem limitada em CD. Existem planos para uma produção em maior escala neste sentido?

Naamã: Somos uma banda independente, tudo que fazemos é por nossa conta. Temos nossos trabalhos que nos sustentam e por muitas vezes, são esses trabalhos que nos ajudam a mantera banda. Fazer cópias físicas são caras, e hoje em dia com o progresso do streaming percebemos uma mudança no consumo da música, nosso foco no momento é nosso próximo álbum, se houver a necessidade de fazer mais cópias do álbum “Nebro” sem dúvida faremos.

Como tem sido os shows desta fase da banda? O público está conseguindo assimilar o álbum?

Eric: Depois do lançamento do “Nebro” os shows têm lotado cada vez mais.Temos visto o público mais presente pela Vesperaseth e até cantando as músicas,então particularmente acredito que o público aceitou bem o album

“Abdul Alhazred” pra mim é a melhor do CD. Imagino que foi desafiador escrever essa música que, além de complexa, tem diversos elementos de música árabe…

Naamã: Agradecemos o elogio, essa música foi uma das que mais fluiu naturalmente. Thiago trouxe a ideia inicial do instrumental, acrescentei os teclados de acordo com o que achamos que a música pedia, e como a intenção já era se basear nas obras de H.P Lovecraft pra esse álbum, foi natural que na hora de escrever a letra, a ideia já trouxesse a nossa cabeça a história do escritor do Necronomicon, Abdul Alharzred.

Obrigado pelo tempo concedido à nós do Portal do Inferno. Mandem notícias da cena do
interior de São Paulo, por gentileza…

Naamã: Olha particularmente tenho orgulho da cena do interior de SP, para os curiosos convido vocês a conhecerem os trabalhos das bandas Caos onipresente, Poltergeist, Kamala, Sangre, Lethal Storm, Cavaleiro Dragão e muitas outras. Agradeço a oportunidade dessa entrevista e poder falar mais da nossa história, nos siga nas redes sociais para acompanhar as novidades.