Por: (Arte Metal)

Um dos principais pilares da dourada cena metálica de Belo Horizonte, que fomentou o Metal nacional nos anos 80, o Mutilator era um dos nomes que mais estava à frente de seu tempo e que demonstrava um talento acima da média. Claro, que sem desmerecer os outros grandes de lá como o consagrado Sepultura (que tinha mais gana que talento na época), Chakal, Overdose e outros nomes do Thrash Metal.

Com os irmãos Rodrigo (bateria) e Ricardo Neves (baixo) na cozinha, Kleber (vocal/guitarra) e o saudoso Alexander Magu (guitarra), a banda mostrava em seu debut um Thrash Metal que nada devia aos medalhões da época, que inclusive viviam o seu auge criativo naqueles tempos.

Com um trabalho de guitarras irrepreensível, com riffs destilados de forma natural e solos dinâmicos, a banda ditava agressividade metendo o pé no acelerador, gerando uma música pesada e raivosa, que não soava tão inocente à época. Tudo com algumas quebradas bruscas, dando um ritmo mais cadenciado e enchendo as bases de palhetadas.

À frente, os vocais ‘semi’ rasgados de Kleber vociferavam letras com temas típicos como ódio, violência e o sobrenatural, impondo ainda mais raiva às composições. A produção atingiu um bom nível se considerarmos que o disco saiu há 30 anos, o que coloca Immortal Force de vez como um clássico do Metal brasileiro e, porque não, mundial.

Immortal Force foi relançado pelo selo norte-americano Greyhaze Records, que já lançou clássicos de nomes brasileiros como Sarcófago, Sexthrash, The Mist e outros. O disco saiu no ano passado, inclusive ganhando uma versão em LP 12 polegadas com áudio remasterizado, vinil preto e branco. Obrigatório.

Mutilator - Immortal Force

Nota: 9,0

Tracklist:

  1. Memorial Stone Without a Name
  2. Blood Storm
  3. Butcher
  4. War Dogs
  5. Mutilator
  6. Brigade of Hate
  7. Immortal Force
  8. Tormented Soul
  9. Paranoic Command

Link sobre a banda:

Facebook

Escrito por

Vitor Franceschini

Jornalista graduado, editor do Blog Arte Metal.