Por: (Arte Metal)

Devido à imbecilidade de muitos, o HEAVEN SHALL BURN fui um dos motives envolvendo as polêmicas acerca da recente apresentação de KING DIAMOND no Brasil. O por quê? Pelo fato de representar algo atual, não necessariamente o ‘moderno’, até porque o que a banda representa é o Metal.

Bom, caso à parte, a Shinigami Records soltou seu oitavo disco de estúdio e mais maduro até então. Não poderia ser por menos, afinal, com exceção do baterista Christian Bass (ex-GODZ AT WAR) que estreia aqui em estúdio, mas está na banda desde 2013, o grupo está junto há mais de 10 anos, além de manter três integrantes desde sua formação original que data de 1996.

O Deathcore da banda está mais poderoso do que nunca, alternando momentos mais melódicos com outros de pura agressividade. O que se pode notar é um trabalho de guitarras primoroso, coeso e muito bem elaborado. Trazendo bases consistentes e solos esporádicos. A preocupação com peso se mostra nítida. Tudo com uma cozinha consistente, que atende às medidas pedida pela sonoridade da banda.

É interessante o quão o HEAVEN SHALL BURN consegue soar sombrio em sua música, mesmo mantendo uma dinâmica agressiva. Isso fica provado em composições como Downshifter, Prey to God (que conta com participação de George ‘Corpsegrinder’ Fisher do CANNIBAL CORPSE) e Corium, esta última a mais soturna e brutal.

A produção do guitarrista Alexander Dietz soa na medida, entre o moderno e o natural, casando perfeitamente com a proposta da banda. Ainda há muitas participações especiais como as de Aðalbjörn Tryggvason (SÓLSTAFIR) e do guitarrista Nick Hipa (ex- AS I LAY DYING) que sola na ótima Save Me. Ainda tem um cover para The cry of Mankind do MY DYING BRIDE que é sensacional. Um disco que prova que muitas manifestações são sem sentido e que o Metal atual vai muito bem, obrigado.

Nota: 8,5

 

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Escrito por

Vitor Franceschini

Jornalista graduado, editor do Blog Arte Metal.