Mayhem – Hangar 110 – São Paulo/SP

Na história do heavy metal, no que diz respeito a controvérsias, o Mayhem merece um capítulo totalmente à parte para eles com assassinatos, suicídios entre outras coisas. Com quase três décadas de história, o grupo desembarcou no Brasil para um show único em São Paulo, no Hangar 110, na última quinta-feira, 5 de dezembro.

E para não passar batido, sem alguma coisa acontecendo, a cidade foi castigada por um forte temporal horas antes do evento que, somado ao já tradicional caos paulistano de fim de tarde/início de noite, atrapalhou boa parte do público que se dirigiu ao local.

Aqueles que chegaram tem tempo puderam conferir a abertura dos brasileiros do Test, já conhecidos por muitos por ser “aquela banda que toca na porta dos shows”. João Kombi e Thiago Barata fizeram um pequeno set de 30 minutos diretos, que agradou bastante o público.

Subindo ao palco as 21h30, o Mayhem abriu a apresentação com Pagan Fears e em pouco mais de uma hora de apresentação mostrou o porquê de ser uma lenda do black metal. Eficiente, o show agradou os fãs que não deixaram de abrir tradicionais rodas, além de ovacionar a presença impressionante do vocalista Attila Csihar.

Dessa vez, de posse de um crânio que ora ele levantava para o público, ora encaixava o microfone, Attila conseguiu hipnotizar a plateia com seus vocais e gestos, demonstrando o porquê ser um dos vocalistas mais respeitados do estilo.

O restante do grupo também merece destaque, principalmente o baterista Hellhammer, dono de uma impressionante técnica que podia ser vista durante os diversos clássicos, como Deathcrush e a aguardada e ovacionada Freezing Moon.

Apesar de curto, a satisfação dos presentes era visível por ter presenciado uma das mais lendárias bandas do black metal que, mesmo dona de uma fama controversa, conta com músicos talentosos capazes de satisfazer a vontade do público.

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