Uma revelação no cenário do Death Metal Mundial, com certeza essa banda foi um viés de diferença e até mesmo algumas polêmicas no seu surgimento, mas, mesmo assim, seu nome foi marcado no cenário e eles vieram ao Brasil algumas vezes, eu presenciei uma delas, em 2011, quando a banda se apresentou a um Carioca Club(Pinheiros – São Paulo), completamente lotado. E ontem, o Suicide Silence debutou na Cidade Olímpica de 2016.

Fazendo um apanhado geral da carreira dos caras, eles lançaram 4 discos e vinham crescendo cada vez mais, foi quando em um acidente de moto, o vocalista e fundador da banda Mitch Lurke vem a falecer, deixando todos ao redor do mundo chocados e duvidosos da continuidade da banda, mas, depois do incrível ‘Mitch Lurke Memorial Show’, que rendeu um DVD, onde a vendagem foi para um fundo de ajuda com o nome do vocalista falecido, o Suicide Silence resolve continuar e chama Eddie Hermida(ex-vocal do All Shall Perish) para assumir o posto de Mitch e eles lançam o belo disco You Can´t Stop Me.

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Foto por: Daniel Croce

Sabendo disso, vamos falar sobre o evento de ontem que contou com a apresentação do Reckoning Hour, fazendo a abertura do evento. Cheguei ao maravilhoso Teatro Odisséia(sim, curto muito a casa) praticamente em cima do horário para o início do evento e reparei que, todo o público presente estaria na casa, o que me deixou feliz, pois a produtora estaria cumprindo o horário programado corretamente, mas, infelizmente o que eu vi foi uma situação completamente diferente, um público ínfimo, pequeno demais e isso me deixou realmente triste, mas ponderando algumas questões, no qual não entrarei em detalhe aqui, o show do Reckoning Hour começou e a banda, formada por J. P Pires(vocal), Phillip Leander e Lucas Finamore Brum(Guitarras), Cavi Montenegro(baixo) e Johnny Kings(bateria) fez um belo show, focado no seu debut album chamado “Between Death And Courage” e a banda fex uma apresentação ímpar. Infelizmente em poucos momentos do show, a guitarra de Phillip Leander falhou, mas nada que pudesse atrapalhar a bela execução de suas músicas e assim os cariocas conseguiram conquistar o público presente e nos aqueceu para o que iríamos presenciar.

Passando um tempo e pontualmente as 20:00hr subia no palco o Suicide Silence e Unanswered marca a abertura do show deles e o público, mesmo pouco, não perdoou e a galera abriu um insano Mosh Pit, fazendo todos eles se entregarem por completo ao Rio de Janeiro e fazendo uma apresentação mais que inacreditável. No Pity For a Coward veio como mais uma bomba na galera que moshava intensamente, fazendo cada vez mais Eddie Hermida(vocals), Chris Garza e Mark Heylmun(guitarras), Dan Kenny(baixo) e Alex Lopez(bateria) se entregarem cada vez mais e mais intensamente, a troca de energia entre público e banda foi incrível, Eddie Hermida olhava pra todo mundo e conseguiu fazer o q quizesse com o pessoal presente. Inherit The Crow veio e foi bem recebida, logo depois, todos com o dedo do meio pra cima, fazendo aquele lindo símbolo e Fuck EVerything sendo tocada e acompanhada por um dos maiores clássicos da banda e Wake Up foi o que se esperava, a bomba, todo mundo pulando insanamente e festejando aquele momento. Vale considerar uma coisa que eu fiquei prestando atenção e os fãs mais “die-hard” do falecido vocalista me perdoem, mas Eddie Hermida é muito mais vocalista e tem uma presença de palco maior, mas, muito maior.

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Foto por: Daniel Croce

Um exemplo, em Disengage, o vocalista se divertia, agitava, dando uma real aula de simpatia, bom posicionamento, contato e empatia com o seu público, mostrando que ele é um vocalista melhor, com uma força ainda maior. Enfim, depois desse adendo, vamos continuar com a maravilhosa apresentação, que seguiu com outros sons, You Can´t Stop Me veio como outra bomba e daí viemos para duas maravilhosas músicas do primeiro disco, que, no vocal de Eddie ficaram ainda melhor, Destruction Of A Statue e Bludgeoned To Death ficaram com versões ótimas e Eddie Hermida cada vez mais entregue a galera e nesses momentos chegou a ensaiar um “CrowdSurfing” com o pessoal presente e pra fechar o show: LIVE LIFE HARD!

You Only Live Once foi a música para encerrar a passagem dessa incrível banda pela América Latina e no fina da música, Eddie Hermida veio pro meio do seu público e ficou pulando, deixando o microfone em cima do palco e a banda tocando, quando um fã que conhecia a música, prontamente subiu e teve seus 1 minuto de vocalista da banda que é fã e os músicos do Suicide Silence continuaram a tocar a música e agitando com o fã fechando essa grande noite. Esse que subiu ao palco foi recebido pela banda, todos agradeceram a ele a coragem de ter feito o que fez.

Grande noite, ótimo show e foi uma pena mesmo o público não ter comparecido realmente, possivelmente o Suicide Silence ontem teve um público de menos de 120 pessoas, pro nome que se apresentou ontem, foi feio, mesmo assim, fico feliz que a banda tocou demais e fez uma apresentação acima do padrão, pena pra quem não foi, pois, em meu simples achismo, acho difícil a banda voltar, caso ela tenha ficado triste com a quantidade, mas, a qualidade do público presente fez a diferença e possivelmente isso tenha um peso diferencial no retorno do Suicide Silence ao Rio.

Confira galeria de fotos do show do Suicide Silence no Rio de Janeiro.