Por: (Arte Metal)
O Suicide Silence sofreu com a perda do vocalista Mitch Luckerm, que era um dos fundadores da banda e gravou três álbuns e morreu em 2012 em um acidente de moto. Com a entrada de Hernan “Eddie” Hermida (ex-All Shall Perish), o grupo gravou em 2014 o disco You Can’T Stop Me (2014) que ainda contava com algumas letras do saudoso ex-vocalista.
Portanto, Suicide Silence é o primeiro trabalho sem o dedo de Mitch e traz total participação da atual formação. E, meu amigo, a coisa ferveu bem antes de o álbum sair completamente… Pois quando foram lançadas as prévias, principalmente a faixa Doris – que aqui abre o disco – os fãs ficaram furiosos (nem todos, é claro).
Tudo porque a banda resolveu incluir vocais limpos em suas composições e sair um pouco do foco do Deathcore, estilo do qual se tornou uma das principais representantes. O fã mais otimista, que esperava que só essa faixa mostraria linhas limpas um tanto quanto suspeitas, pode sentar e lamentar, afinal, esse é o álbum mais ‘diferente’ do grupo.
Com produção de Ross Robinson (Slipknot, Sepultura, Korn), o novo trabalho traz apenas alguns elementos do Deathcore – ouça as faixas Dyin in a Red Room e Don’t Be Careful You Might Hurt Yourself pra matar a saudade – e investe em uma proposta mais alternativa que chega a colocar um pé e meio no New Metal.
Os vocais limpos aparecem com freqüência, a banda aplica a isso andamentos mais lentos, porém um tanto quanto na contramão, investindo em viradas um tanto quanto estranhas, mas bem feitas e quebradas de ritmos desconexas, soando no mínimo excêntricos.
Mas, aquela falta do Deathcore mais direto do grupo perambula durante toda a audição. O disco é ruim? Não. É chato? Um pouco. É bom? Sim pelo que é proposto. O problema é que Suicide Silence tem pouco do que foi construído até então pela banda. Se quiseram mudar, terão que arcar com as consequências.
Nota: 7,5
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