Em comemoração aos seus 45 anos de estrada, o Grave Digger retornou pela 13° vez ao país para uma série de apresentações em 4 cidades. A noite do dia 14 de novembro foi escolhida para a ser a 3° data desta passagem, na cidade de São Paulo, e no tradicional Carioca Club.
Antes dos alemães subirem ao palco, a banda Just Heroes entrou em cena com um Carioca ainda vazio no início de seu set, melhorando no decorrer da apresentação. Muitíssimo influenciado por Judas Priest (não só musical ou esteticamente, mas até mesmo a postura de palco é inspirada na dos ingleses), o quinteto executou músicas de seu EP “Heroes”, de 2023. E, para evidenciar a influência, encerraram sua apresentação com “Breaking the Law”.

Pontualmente às 22h e com a casa lotada, após a intro, Jens Becker (baixo), Tobias Kersting (guitarra), Marcus Kniep (bateria) e Chris Boltendahl (voz) subiram ao palco. Já se vão 28 anos desde a primeira visita ao país, culminando com duas lendárias (aqui me permito utilizar esse adjetivo que ficou tão comum) apresentações no extinto Dama Xoc – junto a banda Rage – na capital paulista, divulgando o então recém-lançado “Tunes of War”. Desde então, a legião de fãs só cresceu.
Nesta recente visita, o quarteto fez “Twilight of the Gods” soar em alto e bom som pelo ambiente, emendando na sequência “The Grave Dancer”. Dos primórdios da banda, o único remanescente, vocalista e líder da banda, Chris Boltendahl ostentava seus cabelos brancos e sua jaqueta de couro surrada para comandar a plateia. Chris falou durante a apresentação que a banda que estava em cima do palco era uma banda real, que não tocava playbacks (e sem os usuais teclados). Essa volta às raízes ficou evidente com algumas músicas dos anos 1990, como a sugestiva “Back to the Roots”, “Under My Flag” e “Shadows of a Moonless Night”, além de outras não comumente executadas, como “The Keeper of the Holy Grail”.

Do mais recente álbum, “Bone Collector” (o 22° lançado) foram executadas “Kingdom of Skulls” no início da apresentação, e “The Devils Serenade” aproximando-se de seu fim. As únicas, aliás, dos álbuns lançados nos últimos 20 anos. O repertório foi composto, posso assim dizer, de “clássicos”.
“Dark of the Sun”, uma das frequentes no setlist, teve uma ótima resposta da plateia, assim como a dobradinha “Round Table (Forever)” e “Excalibur”. E um dos maiores hinos da banda, nos primeiros acordes de Tobias, foi recebido com entusiasmo pela plateia, batendo palmas e cantando seus primeiros versos / refrão: era o momento de “Rebellion (The Clans Are Marching)”. Após sua execução, a banda faz uma breve pausa para retornar ao álbum “Tunes of War” com “Scotland United”, seguida de “Circle of Witches”, do álbum “Heart of Darkness”. Para encerrar, não poderiam faltar os clássicos “Witch Hunter” e “Heavy Metal Breakdown”, encerrando esplendidamente mais uma passagem do Grave Digger pela capital paulista.
SET-LIST
Twilight of the Gods
The Grave Dancer
Kingdom of Skulls
Under My Flag
Valhalla
The Keeper of the Holy Grail
The Dark of the Sun
The Curse of Jacques
Shadows of a Moonless Night
The Round Table (Forever)
Excalibur
The Devils Serenade
Back to the Roots
Rebellion (The Clans Are Marching)
(bis)
Scotland United
Circle of Witches
Witch Hunter
Heavy Metal Breakdown
GALERIA DE FOTOS – por Leandro Pena












Agradecimentos: Opus Entretenimento, Metal na Lata
