Retornando após quatro anos, o Queensrÿche chegou ao Brasil para sua turnê comemorativa de 30 anos de carreira. Para acompanhar esse show, a Fates Warning, banda que também divide o mesmo tempo de estrada, foi convidada.

Abrindo a noite pontualmente às 21h, a Fates Warning trouxe como convidado especial Mike Portnoy (ex-baterista do Dream Theater). Pensei que a presença do Portnoy seria motivo para encontrar uma pequena gama de fãs do DT no show, mas o que vi foram fãs do Fates Warning muito que felizes por verem a banda pela primeira vez. O talento de Portnoy deu um up na banda, mas não foi determinante para arrastar multidões.  A Fates fez um show eletrizante que contagiou o público e contou com uma qualidade de som muito boa equivalente à da banda principal. O vocalista Ray Alder, sempre comunicativo, conquistou seu público a cada música tocada.

Fates Warning

Com a galera chegando ao poucos, notei que teve um pequeno grupo que veio de outro grande evento que também aconteceu na mesma noite: o show do Sebastian Bach.

A casa não ficou totalmente cheia, mas o público era composto por fãs reais de Queensrÿche: uma plateia já de meia idade que estava ali para ver seus ídolos e comemorar juntos seus 30 anos de carreira. Com um pouco menos de meia hora de atraso, eis que começa uma pequena intro e as cortinas se abrem, com o pano de fundo já conhecido do público.

A banda mantém quase o mesmo line-up original, com exceção do guitarrista Parker Lundgren. Já imagiram comemorar 30 anos de banda e ter Chris DeGarmo de volta? Seria uma comemoração em dose dubla, com certeza.

Queensrÿche

Para iniciar a noite, Get Started, seguida de Damaged já enlouqueceram o público que mal havia se recuperado do show do Fates Warning. Na terceira música, I Don´t Believe in Love, Geoff Tate já tinha o público em suas mãos. Diferente do visual apresentado em 2008, agora o vocalista está careca, com um visual meio Rob Halford, e também está fazendo mais graça do que antes, jogando beijos e interagindo com os fãs. Geoff é realmente incrível no palco, não deixa o público dispersar a atenção por um segundo sequer, assim como os outros músicos do Queensrÿche. A banda focou seu setlist nos clássicos da carreira – acho que depois do show do Iron Maiden, nunca vi uma plateia cantar todas as músicas junto com a banda com tanta paixão.

Algumas músicas são mais empolgantes e o público que já estava delirando com Hit the Black, I’m American, Desert Dance, Real World, NM 156, Sceaming In Digital, The Lady Wore Black – nesta acho que poucos perceberam, mas Geoff deu uma pequena engasgada no refrão. Após Walking in the Shadows, Geoff ainda brincou com os fãs, falando que quando um artista internacional pergunta algo todo mundo responde com um grito e que da próxima vez deveria ser o contrário e ficarmos quietos. Brincadeira feita, Michael começa a introdução de Silent Lucidity, onde o frontman mostrou novamente o poder de sua voz nessa majestosa balada. Agradece ao público, jogou beijos e emendou com Take Hold of the Flame.

Queensrÿche

A banda saiu do palco brevemente e retornou pouco tempo depois para executar as últimas músicas da noite: Jet City Woman, muito marcante na trajetória do Queensrÿche, Empire e Eyes of a Stranger/Anarchy-X. Os músicos se retiraram, desta vez para não voltarem mais. Geoff ainda com uma taça de vinho na mão e muito carismático, agradecendo sempre o seu público.

Para os fãs mais antigos, creio que este foi o melhor show que viram do Queensrÿche. Para os que tiveram a chance de ver a banda pela primeira vez, foi uma honra ver a banda com um setlist tão especial. O ponto baixo fica mesmo por DeGamo não se juntar para comemorar as três décadas de história com seus ex-companheiros.

Setlist Fates Warning:

One
Life In Still Water
A Pleasant Shade of Grey: Part III
Down To The Wire
Heal Me
Pieces Of Me
Another Perfect Day
Quietus
A Pleasant Shade of Grey: Part XI
The Eleventh Hour
Point Of View
Monument
Through Different Eyes
Eye To Eye

Setlist Queensrÿche:

Get Started
Damaged
I Don’t Believe In Love
Hit The Black
I’m American
My Empty Room
At 30,000 Ft
Desert Dance
Real World
NM156
Screaming in Digital
The Lady Wore Black
Walk In The Shadows
Right Side Of My Mind
Silent Lucidity
Take Hold Of The Flame

Bis

Jet City Woman
Empire
Eyes Of A Stranger

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Escrito por

Fernando Custódio Moreira

Só mais um ser humano que adora Heavy Metal.
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Heavy Metal Forever.