Depois de quase três anos a banda alemã, referência do thrash metal mundial, retorna ao Brasil para dois shows de divulgação do álbum Day Of Reckoning, o mais recente trabalho do trio. As apresentações ocorreram nos dias 26 e 27 de agosto em Curitiba(PR) e São Paulo(SP), respectivamente.

No show do dia 27 ocorrido no Carioca Club em São Paulo, a banda mostrou o significado da expressão “porrada na orelha” quando se trata de um som pesado e empolgante. Apesar de algumas músicas terem apresentado um baixo volume dos microfones, que eram constantemente encobertos pelos sons fortes dos instrumentos, o show ocorreu sem maiores problemas técnicos. Acredito que o trabalho duro ficou mesmo para os seguranças que tiraram inúmeras pessoas que caíam no espaço entre o palco e a grade (o famoso front pit) durante todo o show.

A abertura da noite ficou para os paulistas do Red Front, que agitou a casa enquanto o público chegava. Em uma apresentação sem igual, a banda mostrou que tem personalidade, jogando um boneco do cantor Belo para o público, que destruiu o mesmo em poucos segundos, e agitou durante a curta apresentação.

Já com a casa cheia e com um público extremamente empolgado, a atração principal da noite foi recebida numa grande ovação geral. A música de abertura, Curse the Gods, deu logo uma idéia de como seria o show. Marcel Schmier, ao ver toda a empolgação dos fãs, arriscou palavras em português, como “Como vocês estão?”, “Vocês são fodas” e “São Paulo é a nossa casa”, demonstrando estar também empolgado com a volta ao Brasil e com a recepção que a banda obteve.

Extremamente descontraído, Marcel arremessou um dos microfones juntamente com o pedestal para a plateia, após o microfone ter caido do pedestal enquanto ele conversava com o publico, que delirou com a atitude do frontman.

Após tocarem as músicas Life Without Sense e Devolution e verem os fãs “batendo cabeça” insanamente sem parar na pista, Schmier não titubeou ao dizer que o show em São Paulo estava sendo melhor do que o realizado dois dias antes, em Santiago, no Chile, e que o público brasileiro não deve em nada em relação ao público europeu. Com essas palavras, os fãs agradeceram com mais pancadaria no centro da pista e continuaram a dar trabalho aos seguranças, que numa falha, permitiram que uma fã subisse ao palco.

O novo baterista ainda emendou uma pequena apresentação solo para mostrar toda a sua velocidade com as baquetas e com os bumbos, mostrando que é capaz de realizar um trabalho a altura do nome do Destruction.

Para finalizar o show, entre palavras de agradecimento ao público que lotou a casa, Schmer pediu para que os fãs continuassem agitando nas músicas finais e perguntou, ao ver que a “pancadaria” havia diminuido, se a platéia já estava cansada. A resposta dos fãs à essa pergunta foi mais porrada comendo solto no centro da pista até a ultima nota da noite.

Um show de aproximadamente 90 minutos de puro peso e sentimento explosivo, tanto por parte da banda como dos fãs alucinados, sem dúvidas há de ficar na memória dos que lá estavam presentes. Agora é aguardar a volta desses monstros do Thrash Metal mundial.

Setlist:

Curse the Gods
Mad Butcher
Armaggedonizer
Hate Is My Fuel
Eternal Ban
Life Without Sense
Devolution
Days of Confusion
Thrash Till Death
Nailed to the Cross
Metal Discharge
Solo de bateria
Tormentor
Invincible Force
Fuck the USA
The Butcher Strikes Back

Bis

Total Desaster
Bestial Invasion

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Escrito por

Redação

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