Almah

Almah

Às 20h abrem os portões do Curitiba Master Hall para todos os que estavam à espera de duas grandes bandas de thrash metal. A princípio, a banda curitibana Darma Khaos abriria este espetáculo, porém ninguém sabe ao certo, mas a banda de Eduardo Falaschi, Almah ficou por conta de aquecer este evento. Por mais que o estilo da banda não se encaixe com o público, a banda foi respeitada, sem vaia ou xingamentos.

Diferente do Angra, Almah apresenta um novo conceito, com mais velocidade e peso,  como mostrou a primeira música Hypnotized, de seu novo álbum Motion. A banda conquistou alguns fãs que duvidavam se Edu poderia realmente cantar naquele jeito totalmente diferente que o habitual. Felipe Andreoli também demonstrou competência fazendo grandes riffs de baixo. Em seguida, foi a vez da musica Beyond Tomorrow, do álbum Fragile Equality e, voltando novamente para o Motion, com Living And Drifting. A banda não parecia muito à vontade, mas, mesmo assim, mantiveram sua postura. Por problemas de saúde do guitarrista Paulo Schroeber,Ian Bemolator assumiu a guitarra ao lado de Marcelo Barbosa e formaram uma bela dupla. Depois de Torn, duas músicas do primeiro disco deram os toques finais do show, Children of Lies e King agitaram os poucos fãs que realmente gostavam de Almah.

Marcelo Moreira, baterista da banda, ao mesmo tempo em que estava tranqüilo, conseguia atingir uma ótima velocidade esperada, mas ainda faltava algo. Para fechar bem a noite, Trace Of Trait a música do novo videoclipe veio com força total. Apesar de não ser o que a maioria estava esperando, o show foi muito bom, a banda demonstrou competência e criatividade.

Sepultura

O que você sente quando escuta o nome “Sepultura”? E, ainda sabe que a banda é do Brasil? As pessoas cheias de orgulho batendo a mão no peito e gritando “SEPULTURA! SEPULTURA!” estavam prestes a ver o maior show da noite. Independente de seus ex-membros, a banda mostrou que ainda é um dos nomes mais marcantes no metal brasileiro e detonou as críticas com seu novo disco Kairos.

Sepultura

A famosa introdução “macabra” de filme de terror dá o sinal para a aparição de Andreas Kisser, Paulo Jr e Jean Dolabella. Já com o instrumental rolando, Derrick Green aparece erguendo a mão para todos. Aí não havia mais dúvida, Arise iniciou o show e fez o Master Hall tremer. As luzes se apagam, guitarra e a bateria fizeram uma nova introdução, com gritos de “Hey!” do público em perfeita sincronia, pulando e festejando a música mais famosa e aclamada do grupo, Refuse/Resist. Em seguida, tocaram duas músicas do novo disco, a própria faixa título Kairos e Relentless foram muito bem aceitas pelo público, cantadas do inicio ao fim.

Quando as luzes se apagam novamente, a introdução de bateria rápida e forte anuncia Convicted in Life e os mosh pit cresceram cada vez mais e deixaram o sangue fervendo. Com grande variedade no setlist, a banda finalmente tocou Choke, do álbum Against, que marca a saída de Max Cavalera. Curta e rápida, What I Do!, destaque do álbum A-lex, veio demolindo com os gritos de Derrick que, ao fim da música, anunciou que mais clássicos dos primórdios seriam tocados.

Sepultura

Por falar em Derrick, hoje em dia ele esta falando um português muito melhor que se ouvia há cinco anos. Troops of Doom veio seguida de uma jam de Septic Schizo / Escape To The Void e agitou os fãs mais antigos. Mais uma música do novo álbum estava prestes a ser executada: Seethe, uma das mais pesadas, fechou a noite de novidades. Territory e Inner Self foram as mais pedidas do show.  Ratamahatta e, para fechar, Roots Bloody Roots. Com certeza, este é um daqueles shows para ficar na memória dos fãs, pois, além do bom entrosamento da banda, diferente do último show de 2009, a qualidade do som estava excelente.

Machine Head

Após o show do Sepultura, enquanto o palco era preparado para grande atração da noite, uma boa parte do público deixou a casa. Por volta das 1h10, as luzes se apagaram e uma pequena introdução foi executada, até que o vocalista Robb Flynn e Cia. Surgiram e saudaram os curitibanos. Imperium,uma das melhores músicas do álbum Through the Ashes of Empires abriu o show, já emendada com Beautiful Morning, um belo começo de show. Os músicos brincavam com seus instrumentos, deixando os fãs em êxtase,The Blood, The Sweat, The Tears foi mais uma música de aquecimento para dar espaço para duas do novo álbum Unto the Locust: Locust e I Am Hell foram recebidas de braços abertos.

Machine Head

Adam Duce se sentia à vontade com a plateia, desfilando no ritmo das músicas com sua guitarra. Novamente sem intervalo, a banda emenda três musicas: Aesthetics of Hate, Old e Bulldozer. Depois de Ten Ton Hammer, grande sucesso do segundo álbum The More Things Change…,foi vez da balada Darkness Within dar um tempinho de descanso. Essa música deveria ter ficado de fora do setlist, apesar de linda, a tranqüilidade irritou algumas pessoas que queriam mais velocidade e peso. Halo e a clássica Davidian, do primeiro álbum Burn My Eyes, emocionaram a todos, com direito a interação até que as luzes foram desaparecendo e indicando o fim do show.

Setlist Almah:

01. Hypnotized
02. Beyond Tomorrow
03. Living and Drifting
04. Torn
05. Children of Lies
06. King
07. Trace of Trait

Setlist Sepultura:

01. Intro
02. Arise
03. Refuse/Resist
04. Kairos
05. Relentless
06. Dead Embryonic Cells
07. Convicted in Life
08. Choke
09. What I Do!
10. Troops of Doom
11. Septic Schizo / Escape to the Void
12. Firestarter (cover do Prodigy)
13. Seethe
14. Territory
15. Inner Self
16. Ratamahatta
17. Roots Bloody Roots

Setlist Machine Head:

01. Imperium
02. Beautiful Morning
03. The Blood, the Sweat, the Tears
04. Locust
05. I Am Hell
06. Aesthetics of Hate
07. Old
08. Bulldozer
09. Ten Ton Hammer
10. Darkness Within
11. Halo
12. Davidian

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Escrito por

Redação

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